Nairóbi, capital do Quênia: o fato ocorre um dia antes da chegada da secretária de Estado americana, Hillary Clinton (Meredith Shaw/Flickr)
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2012 às 17h44.
Nairóbi - Um suposto terrorista, que aparentemente tinha intenção de cometer um atentado contra um supermercado de Nairóbi, situado próximo à base aérea queniana, morreu nesta sexta-feira após a explosão acidental da granada que portava, informou o chefe da polícia da capital, Anthony Kibuchi.
Segundo a fonte, as investigações preliminares indicam que a vítima pretendia atacar o estabelecimento, situado no bairro de Eastleigh, de maioria somali, ao leste da capital queniana.
"Suspeitamos que o homem pretendia realizar um atentado contra um supermercado, mas, antes disso, a granada acabou sendo detonada por algum tipo de erro", disse Kibuchi à imprensa queniana.
"O homem suspeito de carregar a granada ficou completamente destroçado pela explosão, que também deixou outras pessoas gravemente feridas", acrescentou o oficial sem especificar o número de feridos.
O fato ocorre um dia antes da chegada da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que realizará uma visita oficial à capital queniana para se reunir com o presidente do Quênia, Mwai Kibaki, e seu primeiro-ministro, Raila Odinga.
Vários ataques com granada já foram registrados no Quênia desde 15 de outubro de 2011, quando o exército do país iniciou uma ofensiva na Somália contra a milícia radical islâmica Al Shabab, que, por sua vez, ameaçou efetuar inúmeros ataques no Quênia como represália.
No último mês de julho, a polícia de Nairóbi advertiu que o Al Shabab poderia estar planejando um grande atentado no Quênia durante o mês do Ramadã, em vigor atualmente.
O grupo terrorista islâmico, que em fevereiro anunciou sua adesão formal à Al Qaeda, combate desde 2006 o Governo Federal de Transição somali e à Missão da União Africana na Somália (AMISOM) para criar um Estado muçulmano de corte wahhabista no país.
A Somália vive em um estado de guerra civil desde 1991, quando foi deposto o ditador Mohamed Siad Barre, que deixou o país sem um governo efetivo e em mãos de milícias islâmicas e grupos armados.