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Queda de avião na Ucrânia pode ser crime de guerra, diz ONU

Navi Pillay pediu uma investigação meticulosa, efetiva, independente e imparcial sobre a queda do avião


	A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay
 (Fabrice Coffrini/AFP)

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay (Fabrice Coffrini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2014 às 08h11.

Kiv - A derrubada do avião malaio no leste da Ucrânia pode ser considerada um crime de guerra, afirmou a ONU nesta segunda-feira, acrescentando que os combates entre o exército ucraniano e os rebeldes pró-russos já deixaram mais de 1.100 mortos desde abril.

"Esta violação da lei internacional, dadas as circunstâncias, pode ser considerada um crime de guerra", declarou a comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, em um comunicado

Pillay pediu uma investigação meticulosa, efetiva, independente e imparcial sobre a queda do avião provocada por um míssil em uma zona controlada pelos insurgentes. No avião da Malaysian Airlines, havia 298 pessoas, todas mortas.

A Cruz Vermelha indicou oficialmente na semana passada que a situação na Ucrânia se caracteriza como uma guerra civil, o que transforma as áreas em conflito passíveis de serem condenadas por crimes de guerra.

A ONU calcula que mais de 1.100 pessoas morreram nos combates na região desde meados de abril, segundo um relatório publicado nesta segunda-feira, e denuncia que os dois lados utilizaram armamento pesado em zonas residenciais.

O texto também fala de 3.422 feridos.

Estes últimos dados supõem um aumento considerável em relação ao balanço de 18 de julho, no qual a ONU citou 256 mortos desde abril.

Pillay afirmou ainda que as informações da intensificação dos combates nos redutos dos insurgentes, nas regiões de Donetsk e Lugansk, são "extremadamente alarmantes" e disse que as duas partes "empregam armamento pesado em zonas residenciais, incluindo artilharia, tanques, foguetes e mísseis".

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