Em áreas mais afetadas pelo desastre de março foram construídas cerca de 37 mil casas temporárias (Nicolas Asfouri/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2011 às 18h31.
Tóquio - Nesta segunda-feira se completam quatro meses desde o terremoto de 11 de março no Japão, enquanto o país tenta normalizar as vidas de mais de 111 mil evacuados, restabelecer as áreas devastadas e dar por concluída a crise nuclear de Fukushima.
Nas áreas mais afetadas foram construídas cerca de 37 mil casas temporárias das mais de 50 mil necessárias, algumas das quais permanecem vazias por estarem em áreas varridas pelas ondas e longe das zonas centrais, informou a rede "NHK".
O Governo japonês calcula que os esforços para levantar infraestruturas, casas e outras instalações terão um custo próximo a 140 bilhões de euros.
Por sua vez, o Ministério do Meio Ambiente japonês assegurou que na província de Iwate já foram retirados 52% dos escombros, enquanto na de Miyagi limparam 30% e na de Fukushima 27%.
Segundo a rede pública japonesa, o processo de remoção de escombros das 22 milhões de toneladas acumuladas nas principais áreas devastadas é lento e muitos dos evacuados precisam de assistência após uma tragédia que deixou cerca de 20.927 mortos ou desaparecidos.
Outro dos desafios que o Executivo enfrenta é a criação de emprego para as mais de 130 mil pessoas que ficaram sem ocupação, uma das chaves para melhorar as condições de vida dos sobreviventes.
Como acontece a cada mês desde o dia 11 de março, se espera nesta segunda-feira que às 14h46, hora na qual aconteceu a pior tragédia vivida pelo país desde a Segunda Guerra Mundial, se realizem diversas homenagens em várias partes em memória das vítimas.