Imigrantes são resgatados perto de ilha de Lampedusa: "é o número mais elevado desde 2008 se excluirmos 2011, o ano da crise líbia", afirmou um porta-voz (.)
Da Redação
Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 13h54.
Genebra - Quase 45.000 imigrantes arriscaram suas vidas no Mediterrâneo para chegar à costa da Itália e de Malta, segundo um balanço publicado nesta terça-feira, em Genebra, pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).
"É o número mais elevado desde 2008 se excluirmos 2011, o ano da crise líbia", afirmou um porta-voz da OIM.
Cerca de 42.900 imigrantes ilegais chegaram à Itália e outros 2.800 a Malta.
Entre os que chegaram à Itália, 5.400 eram mulheres e 8.300 menores, 5.200 dos quais não estavam acompanhados.
A maioria dos imigrantes (14.700) chegaram a Lampedusa e às águas próximas da costa siciliana, perto de Siracusa (14.300).
"Os números de migrações para a Itália mostram que cada vez há mais gente que foge da guerra e dos regimes opressores", afirmou José Ángel Oropoza, diretor do gabinete de coordenação da OIM para o Mediterrâneo.
A maioria dos imigrantes procediam da Síria, da Eritreia e da Somália.
Segundo o funcionário da OIM, "todos foram forçados a abandonar o país, e têm o direito de receber a proteção da lei italiana".
As chegadas prosseguiram no início de 2014.
No dia 24 de janeiro, 204 imigrantes foram resgatados por um barco italiano perto de Siracusa.
Nos últimos 20 anos, cerca de 20.000 pessoas perderam a vida tentando chegar à Itália.
Em 2013 o número de mortos chegou a 700, contra 2.300 mortos em 201'.