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Quase 100 corpos permanecem em balsa sul-coreana

O naufrágio completa quinze dias nesta quarta-feira

Familiares de passageiros desaparecidos em balsa sul-coreana olham para o mar enquanto esperam notícias da operação de busca e resgate no porto de Jindo (REUTERS/Yonhap)
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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2014 às 06h50.

Seul - As equipes de resgate da embarcação Sewol, cujo naufrágio com 302 mortos e desaparecidos completam 15 dias nesta quarta-feira, incorporaram hoje a seus trabalhos um sino de mergulho para auxiliar na recuperação dos quase 100 corpos que ainda estão em seu interior.

Com a balsa virada e submersa a 30 metros de profundidade, os operários estabeleceram cordas de guia nos arredores do quarto piso da popa do navio e uma base para operar o chamado "sino de mergulho" assim que a maré baixar, informou a Guarda Costeira sul-coreana.

Além disso, o governo iniciou hoje uma auditoria preliminar sobre as agências estatais que tiveram algum tipo de relação com o desastre marítimo para saber se suas ações foram apropriadas tanto em matéria de prevenção - incluídas as revisões de segurança do navio - como na resposta ao naufrágio.

A inspeção preliminar, que caso encontre irregularidades dará lugar a uma investigação mais profunda, afetará os Ministérios de Assuntos Marítimos e da Segurança Pública, assim como a Guarda Costeira e a Administração Marítima e Portuária da Coreia do Sul.

Hoje completam exatamente duas semanas desde que a balsa afundou no litoral sudoeste do país depois de virar com 476 pessoas a bordo, entre elas 325 estudantes com entre 16 e 17 anos que realizavam uma viagem escolar.

No dia do acidente, 176 pessoas foram evacuadas e os dias que seguiram foram cruciais para buscar possíveis sobreviventes em bolsões de ar, mas as duras condições do mar dificultaram o resgate e apenas alguns poucos corpos sem vida foram recuperados.

Após uma melhora nas condições das águas uma semana depois, a maioria dos corpos foram retirados, mas, desde o domingo passado, as fortes ondulações e correntes voltaram a dificultar os trabalhos dos mergulhadores.

Assim, foram recuperados apenas mais cinco corpos nesta madrugada, situando o número de mortos confirmados em 210, enquanto os desaparecidos são 92 e já não há mais esperanças de se encontrar sobreviventes.

À espera que os resultados da investigação esclareçam as causas do naufrágio, acredita-se que a embarcação fez uma manobra brusca que deslocou todo o peso de sua carga para um lado, o que desequilibrou a embarcação e a fez virar em pouco mais de uma hora.

O alto número de mortos foi atribuído ao fato de que tanto o capitão quanto a tripulação hesitaram na hora de ordenar a evacuação do navio e, ao invés disso, pediram que os passageiros não saíssem de seus lugares.

O capitão e vários membros da tripulação foram detidos por terem abandonado o navio antes dos passageiros.

O naufrágio também criou instabilidade política na Coreia do Sul, onde o primeiro-ministro renunciou e a presidente, Park Geun-hye, pediu perdão ontem devido às fortes críticas pela falta de prevenção e pelo gerenciamento inadequado do acidente por parte do governo.

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Seul - As equipes de resgate da embarcação Sewol, cujo naufrágio com 302 mortos e desaparecidos completam 15 dias nesta quarta-feira, incorporaram hoje a seus trabalhos um sino de mergulho para auxiliar na recuperação dos quase 100 corpos que ainda estão em seu interior.

Com a balsa virada e submersa a 30 metros de profundidade, os operários estabeleceram cordas de guia nos arredores do quarto piso da popa do navio e uma base para operar o chamado "sino de mergulho" assim que a maré baixar, informou a Guarda Costeira sul-coreana.

Além disso, o governo iniciou hoje uma auditoria preliminar sobre as agências estatais que tiveram algum tipo de relação com o desastre marítimo para saber se suas ações foram apropriadas tanto em matéria de prevenção - incluídas as revisões de segurança do navio - como na resposta ao naufrágio.

A inspeção preliminar, que caso encontre irregularidades dará lugar a uma investigação mais profunda, afetará os Ministérios de Assuntos Marítimos e da Segurança Pública, assim como a Guarda Costeira e a Administração Marítima e Portuária da Coreia do Sul.

Hoje completam exatamente duas semanas desde que a balsa afundou no litoral sudoeste do país depois de virar com 476 pessoas a bordo, entre elas 325 estudantes com entre 16 e 17 anos que realizavam uma viagem escolar.

No dia do acidente, 176 pessoas foram evacuadas e os dias que seguiram foram cruciais para buscar possíveis sobreviventes em bolsões de ar, mas as duras condições do mar dificultaram o resgate e apenas alguns poucos corpos sem vida foram recuperados.

Após uma melhora nas condições das águas uma semana depois, a maioria dos corpos foram retirados, mas, desde o domingo passado, as fortes ondulações e correntes voltaram a dificultar os trabalhos dos mergulhadores.

Assim, foram recuperados apenas mais cinco corpos nesta madrugada, situando o número de mortos confirmados em 210, enquanto os desaparecidos são 92 e já não há mais esperanças de se encontrar sobreviventes.

À espera que os resultados da investigação esclareçam as causas do naufrágio, acredita-se que a embarcação fez uma manobra brusca que deslocou todo o peso de sua carga para um lado, o que desequilibrou a embarcação e a fez virar em pouco mais de uma hora.

O alto número de mortos foi atribuído ao fato de que tanto o capitão quanto a tripulação hesitaram na hora de ordenar a evacuação do navio e, ao invés disso, pediram que os passageiros não saíssem de seus lugares.

O capitão e vários membros da tripulação foram detidos por terem abandonado o navio antes dos passageiros.

O naufrágio também criou instabilidade política na Coreia do Sul, onde o primeiro-ministro renunciou e a presidente, Park Geun-hye, pediu perdão ontem devido às fortes críticas pela falta de prevenção e pelo gerenciamento inadequado do acidente por parte do governo.

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