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Quarto dia de combates em shopping de Nairóbi

Forças especiais quenianas seguiam combatendo nesta terça milicianos islamitas entrincheirados em um centro comercial de Nairóbi, no quatro dia de confrontos

Oficial da polícia de choque queniana: confrontos deixaram ao menos 62 mortos (James Quest/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 09h41.

Nairóbi -As forças especiais quenianas seguiam combatendo nesta terça-feira milicianos islamitas entrincheirados em um centro comercial de Nairóbi, no quatro dia de confrontos que deixaram ao menos 62 mortos, indicaram à AFP fontes de segurança.

A polícia queniana anunciou nesta terça-feira que estava desativando explosivos colocados pelos islamitas no interior do edifício.

"Estamos desativando explosivos colocados pelos terroristas ", declarou a polícia em uma mensagem publicada no Twitter, sem fornecer mais detalhes.

Mais cedo foram ouvidos tiros e explosões no centro Westgate; por volta das 09h30 locais (03h30 de Brasília) um jornalista da AFP ouviu disparos de armas automáticas que duraram cinco minutos, sem poder assegurar se procediam do interior do edifício.

O ministério do Interior havia afirmado na segunda-feira que o centro comercial, tomado pelos islamitas desde sábado, estava sob controle, mas fontes de segurança informaram à AFP nesta terça-feira que "um ou dois" milicianos permaneciam entrincheirados.

Além disso, em uma mensagem divulgada no Twitter o grupo somali shebab, que reivindicou o atentado, informou que ainda detinha reféns dentro do shopping.

"Os reféns detidos pelos mujahedines no interior do (shopping) Westgate ainda estão vivos, comovidos, mas vivos", escreveram nesta terça-feira os membros das milícias shebab, afiliados à Al-Qaeda, em sua conta no Twitter.

Segundo as autoridades quenianas, três dos criminosos morreram na terça-feira.

O balanço provisório dos confrontos é de 62 mortos e um número indeterminado de desaparecidos, assim como de 200 feridos.


Um membro das forças especiais quenianas que participou dos combates explicou a dificuldade da intervenção, já que os criminosos se escondiam nas lojas do centro comercial, que estava isolado para impedir o acesso, inclusive aos jornalistas.

Os terroristas "queimaram colchões para desviar a atenção e tentaram fugir", disse o chefe do exército do Quênia , o general Julius Waweru Karangi.

Segundo o ministério do Interior, mais de dez suspeitos foram detidos para interrogatório.

Karangi também informou que os criminosos eram de "diferentes nacionalidades". Muitos combatentes estrangeiros, incluindo somalis com dupla nacionalidade, são membros do grupo shebab.

Entre os criminosos integrantes da milícia shebab há dois ou três americanos e uma britânica, informou, por sua vez, a ministra queniana das Relações Exteriores, Amina Mohamed.

A britânica - que segundo a ministra teria participado em muitas ocasiões de ações armadas - foi identificada pela polícia como Samantha Lewthwaite, viúva de um dos terroristas suicidas dos atentados de 7 de julho de 2005 em Londres.

Já os americanos seriam "homens jovens, de 18 e 19 anos, de origem somali ou árabe, mas que vivem nos Estados Unidos, em Minnesota e em outro local", acrescentou a ministra em declarações à rede de televisão americana PBS.

O ataque foi reivindicado pelos shebab, em represália pela intervenção militar queniana na Somália, lançada no fim de 2011.

*Matéria atualizada às 09h41

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Nairóbi -As forças especiais quenianas seguiam combatendo nesta terça-feira milicianos islamitas entrincheirados em um centro comercial de Nairóbi, no quatro dia de confrontos que deixaram ao menos 62 mortos, indicaram à AFP fontes de segurança.

A polícia queniana anunciou nesta terça-feira que estava desativando explosivos colocados pelos islamitas no interior do edifício.

"Estamos desativando explosivos colocados pelos terroristas ", declarou a polícia em uma mensagem publicada no Twitter, sem fornecer mais detalhes.

Mais cedo foram ouvidos tiros e explosões no centro Westgate; por volta das 09h30 locais (03h30 de Brasília) um jornalista da AFP ouviu disparos de armas automáticas que duraram cinco minutos, sem poder assegurar se procediam do interior do edifício.

O ministério do Interior havia afirmado na segunda-feira que o centro comercial, tomado pelos islamitas desde sábado, estava sob controle, mas fontes de segurança informaram à AFP nesta terça-feira que "um ou dois" milicianos permaneciam entrincheirados.

Além disso, em uma mensagem divulgada no Twitter o grupo somali shebab, que reivindicou o atentado, informou que ainda detinha reféns dentro do shopping.

"Os reféns detidos pelos mujahedines no interior do (shopping) Westgate ainda estão vivos, comovidos, mas vivos", escreveram nesta terça-feira os membros das milícias shebab, afiliados à Al-Qaeda, em sua conta no Twitter.

Segundo as autoridades quenianas, três dos criminosos morreram na terça-feira.

O balanço provisório dos confrontos é de 62 mortos e um número indeterminado de desaparecidos, assim como de 200 feridos.


Um membro das forças especiais quenianas que participou dos combates explicou a dificuldade da intervenção, já que os criminosos se escondiam nas lojas do centro comercial, que estava isolado para impedir o acesso, inclusive aos jornalistas.

Os terroristas "queimaram colchões para desviar a atenção e tentaram fugir", disse o chefe do exército do Quênia , o general Julius Waweru Karangi.

Segundo o ministério do Interior, mais de dez suspeitos foram detidos para interrogatório.

Karangi também informou que os criminosos eram de "diferentes nacionalidades". Muitos combatentes estrangeiros, incluindo somalis com dupla nacionalidade, são membros do grupo shebab.

Entre os criminosos integrantes da milícia shebab há dois ou três americanos e uma britânica, informou, por sua vez, a ministra queniana das Relações Exteriores, Amina Mohamed.

A britânica - que segundo a ministra teria participado em muitas ocasiões de ações armadas - foi identificada pela polícia como Samantha Lewthwaite, viúva de um dos terroristas suicidas dos atentados de 7 de julho de 2005 em Londres.

Já os americanos seriam "homens jovens, de 18 e 19 anos, de origem somali ou árabe, mas que vivem nos Estados Unidos, em Minnesota e em outro local", acrescentou a ministra em declarações à rede de televisão americana PBS.

O ataque foi reivindicado pelos shebab, em represália pela intervenção militar queniana na Somália, lançada no fim de 2011.

*Matéria atualizada às 09h41

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