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Pyongyang lançará satélite apesar da condenação dos EUA

Segundo o governo norte-coreano, o lançamento "constitui um direito legítimo de um Estado soberano e requisito essencial para o desenvolvimento econômico"

Em março, a Coreia do Norte anunciou que lançará em abril um satélite de observação terrestre para comemorar o centenário do nascimento do fundador do país (Kim Jae-Hwan/AFP)

Em março, a Coreia do Norte anunciou que lançará em abril um satélite de observação terrestre para comemorar o centenário do nascimento do fundador do país (Kim Jae-Hwan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2012 às 07h33.

Seul - A Coreia do Norte anunciou nesta terça-feira que não desistiu de lançar um satélite em abril, mesmo com a 'injusta' afirmação do presidente americano, Barack Obama, de que os planos de Pyongyang são "uma provocação", informou a agência KCNA.

"A República Democrática Popular da Coreia (nome oficial do país) não renunciará ao lançamento de um satélite com fins pacíficos, que constitui um direito legítimo de um Estado soberano e requisito essencial para o desenvolvimento econômico", reza a nota emitida.

Segundo assegura um representante da Chancelaria norte-coreana citado pela KCNA, as acusações de Obama durante a Cúpula de Segurança Nuclear de que Pyongyang estaria planejando o teste de um míssil balístico mostram que ainda Washington mantém a "ideia de confronto".

Pyongyang anunciou em meados deste mês sua intenção de pôr em órbita, entre os dias 12 e 16 de abril, um satélite de observação terrestre mediante um projétil de longo alcance para comemorar o centenário do nascimento do fundador do país, Kim Il-sung.

A comunidade internacional pressionou Pyongyang para que cancelasse seus planos, já que o lançamento representaria a violação de uma resolução de 2009 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Washington insistiu ainda que o lançamento complica a implementação do acordo assinado recentemente entre as duas nações, pelo qual o país comunista se compromete a levar a cabo uma moratória de seus programas nucleares e de mísseis de longo alcance em troca de ajuda alimentícia.

Nesse sentido, o escritório da KCNA insiste que o "lançamento de um satélite com fins pacíficos" não está incluído dentro dessa moratória.

O regime comunista lembra que convidou jornalistas e analistas estrangeiros, incluindo técnicos da Nasa, a agência espacial americana, a presenciar o lançamento para que verifiquem sua "natureza pacífica". 

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