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Putin se impõe como defensor de Assad e de Berlusconi

Putin também destacou que a Síria aceitou aderir à Organização para Proibição de Armas Químicas (OPAQ)

Vladimir Putin recebe o presidente sírio, Bashar al-Assad, durante encontro entre os dois líderes no Kremlin, em janeiro de 2005 (Salah Malkawi/ Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2013 às 17h26.

O presidente russo, Vladimir Putin , se impôs nesta quinta-feira como defensor de Bashar al-Assad , dizendo confiar no presidente sírio a respeito de seus compromissos, e apoiou Silvio Berlusconi , "que não seria julgado se fosse homossexual".

"Não posso garantir 100% que seremos capazes de completar (o plano de desmantelamento das armas químicas sírias), mas tudo que temos visto nos últimos dias inspira confiança de que este será o caso", declarou Putin durante um encontro com especialistas e líderes internacionais em Valdai (noroeste da Rússia).

Putin também destacou que a Síria aceitou aderir à Organização para Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

O presidente russo também afirmou que deseja "lembrar" que o arsenal químico de Assad foi criado como uma "alternativa" para as armas nucleares israelenses, acrescentando que Israel "não tem necessidade" dessa arma.

Putin, grande aliado da Síria, também chamou de "provocação inteligente" o ataque químico cometido em 21 de agosto, perto da capital síria, atribuído pelos ocidentais ao regime de Bashar al-Assad.

"Temos todas as razões para acreditar que esta é uma provocação inteligente", declarou Putin, argumentando que velhos foguetes de fabricação soviética estão no relatório apresentado pelos inspetores da ONU que investigaram o caso.


O chanceler russo, Sergei Lavrov, declarou quarta-feira que a Rússia vai enviar ao Conselho de Segurança da ONU evidências fornecidas por Damasco que provam essa "provocação", que, segundo ele, tinha como objetivo desencadear ataques ocidentais.

Em seu discurso em Valdai, Putin também surpreendeu ao defender, de forma original, o seu amigo e ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que foi condenado à prisão em um caso de prostituição.

"Julgamos Berlusconi porque ele vive com mulheres. Se ele fosse gay, ninguém daria atenção a ele", disse Putin a uma multidão de ex-líderes, incluindo o ex-presidente da Comissão Europeia, Romano Prodi, e o ex-primeiro-ministro francês, François Fillon.A declaração de Putin provocou uma explosão de risos na plateia.

O fórum Valdai, organizado pela agência de notícias russa RIA Novosti, reúne todos os anos ex-líderes mundiais, jornalistas e especialistas.

Vladimir Putin promulgou uma lei no final de junho condenando a "propaganda" da homossexualidade diante de menores de idade.

O texto foi criticado por muitos defensores dos direitos humanos na Rússia, para quem sua formulação vaga abre a porta a uma interpretação ampla.Esta lei tem causado uma onda de indignação entre os defensores dos homossexuais e apelos ao boicote dos Jogos Olímpicos de Inverno em fevereiro, em Sochi, no sul da Rússia.

Putin, que retornou ao Kremlin em 2012 após dois mandatos presidenciais consecutivos em 2000-2008 e um como premiê, falou sobre seu futuro político.

"Não descarto" brigar por um novo mandato presidencial nas eleições de 2018, declarou à imprensa.

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O presidente russo, Vladimir Putin , se impôs nesta quinta-feira como defensor de Bashar al-Assad , dizendo confiar no presidente sírio a respeito de seus compromissos, e apoiou Silvio Berlusconi , "que não seria julgado se fosse homossexual".

"Não posso garantir 100% que seremos capazes de completar (o plano de desmantelamento das armas químicas sírias), mas tudo que temos visto nos últimos dias inspira confiança de que este será o caso", declarou Putin durante um encontro com especialistas e líderes internacionais em Valdai (noroeste da Rússia).

Putin também destacou que a Síria aceitou aderir à Organização para Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

O presidente russo também afirmou que deseja "lembrar" que o arsenal químico de Assad foi criado como uma "alternativa" para as armas nucleares israelenses, acrescentando que Israel "não tem necessidade" dessa arma.

Putin, grande aliado da Síria, também chamou de "provocação inteligente" o ataque químico cometido em 21 de agosto, perto da capital síria, atribuído pelos ocidentais ao regime de Bashar al-Assad.

"Temos todas as razões para acreditar que esta é uma provocação inteligente", declarou Putin, argumentando que velhos foguetes de fabricação soviética estão no relatório apresentado pelos inspetores da ONU que investigaram o caso.


O chanceler russo, Sergei Lavrov, declarou quarta-feira que a Rússia vai enviar ao Conselho de Segurança da ONU evidências fornecidas por Damasco que provam essa "provocação", que, segundo ele, tinha como objetivo desencadear ataques ocidentais.

Em seu discurso em Valdai, Putin também surpreendeu ao defender, de forma original, o seu amigo e ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que foi condenado à prisão em um caso de prostituição.

"Julgamos Berlusconi porque ele vive com mulheres. Se ele fosse gay, ninguém daria atenção a ele", disse Putin a uma multidão de ex-líderes, incluindo o ex-presidente da Comissão Europeia, Romano Prodi, e o ex-primeiro-ministro francês, François Fillon.A declaração de Putin provocou uma explosão de risos na plateia.

O fórum Valdai, organizado pela agência de notícias russa RIA Novosti, reúne todos os anos ex-líderes mundiais, jornalistas e especialistas.

Vladimir Putin promulgou uma lei no final de junho condenando a "propaganda" da homossexualidade diante de menores de idade.

O texto foi criticado por muitos defensores dos direitos humanos na Rússia, para quem sua formulação vaga abre a porta a uma interpretação ampla.Esta lei tem causado uma onda de indignação entre os defensores dos homossexuais e apelos ao boicote dos Jogos Olímpicos de Inverno em fevereiro, em Sochi, no sul da Rússia.

Putin, que retornou ao Kremlin em 2012 após dois mandatos presidenciais consecutivos em 2000-2008 e um como premiê, falou sobre seu futuro político.

"Não descarto" brigar por um novo mandato presidencial nas eleições de 2018, declarou à imprensa.

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