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Putin fala sobre guerra nuclear e ameaça destruir quem atacar a Rússia

A Rússia critica os EUA por sua nova doutrina nuclear adotada no começo de 2018, classificada de "beligerante" e de "antirrussa"

Vladimir Putin: "O agressor deve compreender que o castigo é inevitável, que será destruído. E nós, como vítimas de uma agressão, como mártires, iremos ao paraíso", disse (Grigory Dukor/Reuters)

Vladimir Putin: "O agressor deve compreender que o castigo é inevitável, que será destruído. E nós, como vítimas de uma agressão, como mártires, iremos ao paraíso", disse (Grigory Dukor/Reuters)

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AFP

Publicado em 18 de outubro de 2018 às 19h04.

Os russos "irão para o paraíso" em caso de guerra nuclear, garantiu nesta quinta-feira, 18, o presidente Vladimir Putin, defendendo-se de qualquer tentativa de guerra. Ele advertiu que qualquer agressor que queira atacar seu país com armas atômicas será "destruído".

"O agressor deve compreender que o castigo é inevitável, que será destruído. E nós, como vítimas de uma agressão, como mártires, iremos ao paraíso. Eles [os agressores] simplesmente morrerão, nem sequer terão tempo de se arrepender", disse Putin durante uma entrevista coletiva em Sochi.

Caso ocorra uma guerra nuclear, a Rússia "não poderá ser a iniciadora de tal catástrofe porque não temos um conceito de ataque preventivo", esclareceu o presidente russo. "Em uma situação assim, esperamos ser atacados por armas nucleares, mas não as utilizaremos primeiro", garantiu.

A Rússia critica os Estados Unidos por sua nova doutrina nuclear adotada no começo de 2018, classificada de "beligerante" e de "antirrussa", que pretende principalmente proporcionar a este país novas armas nucleares de baixa potência.

Vladimir Putin ordenou em 2016 reforçar o potencial nuclear militar da Rússia, assim como uma modernização dos armamentos, em resposta ao reforço da presença militar da OTAN em suas fronteiras, percebido como uma ameaça.

A doutrina militar russa não menciona a possibilidade de um "ataque preventivo" utilizando ogivas nucleares. A Rússia se reserva o direito de utilizar seu arsenal em caso de agressão contra seu território ou contra seus aliados ou em caso de "ameaça sobre a existência do próprio Estado".

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