Exame Logo

Putin elogia patriotismo russo ao lembrar vitória de 1945

A Rússia comemora todos os anos a vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial em 9 de maio

O presidente russo Vladimir Putin (E) e o primeiro-ministro Dmitri Medvedev (2º da esquerda para a direita) durante o desfile militar que recorda a vitória soviética na II Guerra Mundial (MIKHAIL KLIMENTYEV/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 08h14.

Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin, elogiou nesta sexta-feira a "força triunfal do patriotismo russo" no tradicional desfile militar que comemora a vitória de 1945 sobre a Alemanha nazista, considerada uma demonstração de poder em plena crise com a Ucrânia.

"A força triunfal do patriotismo russo sai vitoriosa nesta celebração, na qual todos sentimos de maneira especial o que significa ser fiel à pátria e como é importante defender seus interesses", afirmou Putin em um discurso na Praça Vermelha de Moscou para as tropas e os veteranos da Segunda Guerra Mundial.

A Rússia comemora todos os anos a vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial em 9 de maio, um dia depois das cerimônias nos países ocidentais.

O regime nazista assinou a rendição no fim da noite de 8 de maio, quando em Moscou já era 9 de maio em consequência do fuso horário.

"A vontade de ferro do povo soviético, sua coragem e sua firmeza salvaram a Europa da escravidão", disse Putin.

O tradicional desfile militar, no qual Moscou exibe sua grande capacidade militar, acontece em plena crise com a Ucrânia, que se intensificou após a anexação da península ucraniana da Crimeia à Rússia.

De acordo com a imprensa russa, Putin deve viajar ainda nesta sexta-feira para a cidade crimeia de Sebastopol, para participar nas cerimônias que recordam a libertação da localidade dos nazistas há 70 anos.

O governo da Alemanha desaconselhou a viagem, mas até o momento o Kremlin não confirmou a presença de Putin na localidade.

Moscou já confirmou a presença de Putin em 6 de junho na celebração dos 70 anos do desembarque aliado na Normandia (França), onde encontrará com o presidente americano, Barack Obama, e com Merkel.

A parada militar começou com o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, que passou em revista as tropas com hinos militares ao fundo.

Na Ucrânia, as autoridades interinas de Kiev não organizaram nenhum desfile militar durante a tradicional celebração da vitória contra a Alemanha nazista pelo temor de eventuais "provocações" dos ativistas pró-Rússia.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, considerou um prelúdio das "provocações" a proposta de Putin aos rebeldes pró-Moscou do leste da ucrânia de adiar os polêmicos referendos de independência, convocados para domingo.

Apesar do apelo de Putin, os separatistas decidiram manter para o dia 11 as consultas nas regiões de Donetsk e Lugansk, que Kiev não reconhece e chamam de "referendos terroristas".

As autoridades ucranianas consideram os referendos similares ao processo que levou à anexação da Crimeia à Rússia no fim de março, após uma consulta para sobre a independência.

A União Europeia (UE) reagiu e afirmou que a celebração do referendo no leste da Ucrânia "não terá nenhuma legitimidade democrática e agravará ainda mais a situação".

O cenário conciliador apresentado por Putin na quarta-feira rapidamente virou fumaça.

O presidente russo previa a paralisação da operação militar ucraniana no sudeste do país em troca do adiamento dos referendos

Antes mesmo de tomar conhecimento da decisão dos separatistas, o governo ucraniano havia anunciado o prosseguimento da "operação antiterrorista".

As autoridades ucranianas organizam desde 2 de maio uma operação militar para retomar o controle na região leste, o que provocou dezenas de mortes.

Em Slaviansk, reduto pró-Rússia, foram registrados tiros e explosões durante a madrugada.

Em Kiev, a torre de televisão ficou sem energia elétrica, após um incêndio nos cabos, um incidente considerado suspeito pelo governo ucraniano.

Veja também

Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin, elogiou nesta sexta-feira a "força triunfal do patriotismo russo" no tradicional desfile militar que comemora a vitória de 1945 sobre a Alemanha nazista, considerada uma demonstração de poder em plena crise com a Ucrânia.

"A força triunfal do patriotismo russo sai vitoriosa nesta celebração, na qual todos sentimos de maneira especial o que significa ser fiel à pátria e como é importante defender seus interesses", afirmou Putin em um discurso na Praça Vermelha de Moscou para as tropas e os veteranos da Segunda Guerra Mundial.

A Rússia comemora todos os anos a vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial em 9 de maio, um dia depois das cerimônias nos países ocidentais.

O regime nazista assinou a rendição no fim da noite de 8 de maio, quando em Moscou já era 9 de maio em consequência do fuso horário.

"A vontade de ferro do povo soviético, sua coragem e sua firmeza salvaram a Europa da escravidão", disse Putin.

O tradicional desfile militar, no qual Moscou exibe sua grande capacidade militar, acontece em plena crise com a Ucrânia, que se intensificou após a anexação da península ucraniana da Crimeia à Rússia.

De acordo com a imprensa russa, Putin deve viajar ainda nesta sexta-feira para a cidade crimeia de Sebastopol, para participar nas cerimônias que recordam a libertação da localidade dos nazistas há 70 anos.

O governo da Alemanha desaconselhou a viagem, mas até o momento o Kremlin não confirmou a presença de Putin na localidade.

Moscou já confirmou a presença de Putin em 6 de junho na celebração dos 70 anos do desembarque aliado na Normandia (França), onde encontrará com o presidente americano, Barack Obama, e com Merkel.

A parada militar começou com o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, que passou em revista as tropas com hinos militares ao fundo.

Na Ucrânia, as autoridades interinas de Kiev não organizaram nenhum desfile militar durante a tradicional celebração da vitória contra a Alemanha nazista pelo temor de eventuais "provocações" dos ativistas pró-Rússia.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, considerou um prelúdio das "provocações" a proposta de Putin aos rebeldes pró-Moscou do leste da ucrânia de adiar os polêmicos referendos de independência, convocados para domingo.

Apesar do apelo de Putin, os separatistas decidiram manter para o dia 11 as consultas nas regiões de Donetsk e Lugansk, que Kiev não reconhece e chamam de "referendos terroristas".

As autoridades ucranianas consideram os referendos similares ao processo que levou à anexação da Crimeia à Rússia no fim de março, após uma consulta para sobre a independência.

A União Europeia (UE) reagiu e afirmou que a celebração do referendo no leste da Ucrânia "não terá nenhuma legitimidade democrática e agravará ainda mais a situação".

O cenário conciliador apresentado por Putin na quarta-feira rapidamente virou fumaça.

O presidente russo previa a paralisação da operação militar ucraniana no sudeste do país em troca do adiamento dos referendos

Antes mesmo de tomar conhecimento da decisão dos separatistas, o governo ucraniano havia anunciado o prosseguimento da "operação antiterrorista".

As autoridades ucranianas organizam desde 2 de maio uma operação militar para retomar o controle na região leste, o que provocou dezenas de mortes.

Em Slaviansk, reduto pró-Rússia, foram registrados tiros e explosões durante a madrugada.

Em Kiev, a torre de televisão ficou sem energia elétrica, após um incêndio nos cabos, um incidente considerado suspeito pelo governo ucraniano.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaHistóriaPolíticosRússiaVladimir Putin

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame