Assange: ajudinha para a Apple

O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, ofereceu compartilhar com empresas de tecnologia as informações que possui sobre as ferramentas de hackeamento da CIA, agência de inteligência americana. De posse desses dados, as empresas que tiveram seus sistemas invadidos — como a Apple, a Microsoft e a Samsung — poderiam consertar as falhas. Na terça-feira, o WikiLeaks publicou mais de 8.000 documentos que detalham como a agência americana invadiu sistemas de smartphones e outros eletrônicos para interceptar mensagens e espionar usuários. Em pronunciamento ao vivo no Facebook, Assange diz que as informações sobre como hackear dispositivos não foram publicadas, mas criticou a CIA porque a agência “perdeu o controle de todo o seu arsenal de armas cibernéticas”, que, assim como foram conseguidas pelo WikiLeaks, poderiam ser obtidas por hackers e criminosos.

—

Menos imigrantes

O número de imigrantes ilegais cruzando a fronteira entre os Estados Unidos e o México diminuiu 40% entre fevereiro e janeiro, segundo o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos — muito mais do que os no máximo 20% usuais nessa época do ano. As detenções foram de 31.578 em janeiro para 18.762 em fevereiro. O secretário John Kelly afirmou que o recorde é resultado das políticas anti-imigração do presidente Donald Trump, mostrando que “a aplicação das leis têm um impacto”.

—

Novo “sim” para o Trumpcare

Após discutir por mais de 18 horas, uma comissão da Câmara dos Estados Unidos aprovou o texto do American Health Care Act, proposta para substituir o Obamacare (projeto de subsídios para contratação de planos de saúde criado pelo ex-presidente Barack Obama). É a segunda comissão a aprovar o texto. O desejo do presidente da Câmara, o republicano Paul Ryan, é conseguir votar o texto ainda neste mês e enviá-lo logo ao Senado. Ryan pediu aos republicanos que se unam para aprovar o projeto, mas o texto é criticado por congressistas do partido por cortar menos subsídios do que o desejado e ser semelhante demais ao Obamacare.

—

Putin e Netanyahu: sem Irã 

Em visita a Moscou, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu o presidente russo, Vladimir Putin, de que Israel se opõe à permanência do Irã na Síria após o fim da guerra civil no país, por temer que grupos islâmicos assumam o poder. Netanyahu afirmou que o Irã quer “aniquilar o Estado judeu”. A Rússia é a principal aliada do presidente sírio, Bashar al-Assad, e deve comandar o processo de reestruturação do país após o fim da guerra. Esse foi o quarto encontro entre Putin e Netanyahu no último ano e meio. No fim desta quinta-feira, Putin também recebeu o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, para uma visita de dois dias — os líderes devem falar à imprensa na sexta.

—

Fifa vs. Trump

A Fifa, federação internacional de futebol, disse nesta quinta-feira que o veto de Trump a imigrantes de alguns países pode tirar os Estados Unidos da disputa para ser sede da Copa do Mundo de futebol em 2026. “Times que se classificam para a Copa do Mundo precisam ter acesso ao país. Isso é óbvio”, disse Gianni Infantino, presidente da instituição. Uma ordem executiva de Trump proíbe temporariamente imigrantes de seis países de maioria árabe de entrar em território americano. O Irã, um dos banidos, passou pela primeira fase da Copa do Mundo quatro vezes — e chegou às quartas-de-final justamente na edição dos Estados Unidos, em 1994. Além dos Estados Unidos, países como México e Canadá já manifestaram interesse em sediar a Copa de 2026, mas o processo de oficialização das candidaturas ainda não foi iniciado.

—

Petróleo no Alasca

A petroleira espanhola Repsol anunciou a descoberta de uma gigantesca reserva terrestre de petróleo no Alasca. Com capacidade para 1,2 bilhão de barris, essa é a maior reserva desse tipo encontrada nos últimos 30 anos. A produção deve começar em 2021, e a expectativa é extrair 120.000 barris por dia. A Repsol afirmou que o Alasca tem uma “estrutura significativa” que vai proporcionar uma retirada eficiente dos recursos.

—

Mais 1 bi para a Airbnb 

A plataforma de aluguel compartilhado Airbnb anunciou que atingiu 1 bilhão de dólares arrecadados em sua última rodada de investimento. O montante fez o valor da companhia chegar a 31 bilhões de dólares. Atuando em mais de 65.000 cidades pelo mundo, a empresa afirma que passou a operar com lucro no segundo semestre de 2016. Como os investimentos continuam funcionando, uma fonte disse à Reuters que a Airbnb não planeja abrir IPO num futuro próximo.