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Putin e Hollande defendem ampla coalizão antiterrorismo

Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da França, François Hollande, defenderam criação de uma ampla coalizão para acabar com a ameaça jihadista

O presidente da França, François Hollande (E), e o presidente da Rússia, Vladimir Putin: Putin insiste na necessidade de criar uma amplia coalizão antiterrorismo (Alexander Zemlianichenko/Pool/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2015 às 16h32.

Moscou - Os presidentes da Rússia , Vladimir Putin, e da França , François Hollande, defenderam nesta quinta-feira a criação de uma ampla coalizão para acabar com a ameaça jihadista.

"Vemos que o senhor dedica uma grande atenção e muitos esforços à criação de uma ampla coalizão antiterrorista. Estamos dispostos a trabalhar conjuntamente, mais ainda, considero isso absolutamente necessário. Nossas posturas coincidem", afirmou Putin no início da reunião entre os dois presidentes no Kremlin.

"A Rússia sofreu grandes perdas como resultado do horrível atentado terrorista contra um avião civil. Tudo isso nos obriga a reunir esforços contra o inimigo comum", completou o líder russo, se referindo à queda da aeronave da companhia Metrojet na Península do Sinai, com 224 pessoas a bordo, e também aproveitando para expressar suas condolências pelos atentados de Paris.

Por sua vez, o Hollande afirmou que "chegou a hora de assumir a responsabilidade pelo ocorrido". "Exatamente por isso estou aqui hoje em Moscou, para que juntos possamos encontrar uma forma de coordenar nossas ações para lutar de maneira eficaz contra o inimigo comum", destacou o presidente francês.

Desde seu discurso no final de setembro na Assembleia-Geral da ONU, Putin insiste na necessidade de criar uma amplia coalizão antiterrorismo para acabar com o Estado Islâmico (EI).

Além disso, reitera aos países ocidentais que o inimigo comum é o jihadismo e não o presidente sírio, Bashar al Assad, cuja renúncia é exigida pelos Estados Unidos, União Europeia, Turquia e Arábia Saudita. Rússia e Irã, pelo contrário, defendem que uma solução política para o conflito deve ter a participação de Assad.

Hollande chegou à Rússia após um tour no qual conseguiu que a Alemanha e o Reino Unido se comprometessem a ter um maior envolvimento contra o EI. O presidente dos EUA, Barack Obama, porém, reiterou que Moscou deve dar um "giro estratégico" e atacar mais ativamente o EI, em vez de "martelar os rebeldes e fortalecer Assad".

São Paulo – Em 2014, o mundo perdeu 32.658 mil vidas em decorrência do terrorismo , um crescimento de 80% em relação ao que foi observado em 2013 e o maior nível já registrado. Mas embora o terrorismo esteja deixando o seu rastro de violência, no âmbito global, ele ainda mata 13 vezes menos que o homicídio . As constatações são do Global Terrorism Index 2015 (GTI), estudo anual do Instituto de Economia e Paz, organização que avalia os impactos econômicos da violência, divulgado nesta terça-feira, dias depois dos ataques do Estado Islâmico ( EI ) em Paris , França. A pesquisa revelou que é o EI, que atua principalmente na Síria e no Iraque, e o Boko Haram , cujas atividades concentram-se na Nigéria, os responsáveis por 51% dessas mortes. A maioria dos casos (78%) aconteceu em cinco países (Afeganistão, Iraque, Nigéria, Paquistão e Síria). O GTI nota, contudo, que o terrorismo está se espalhado pelo mundo. Em 2013, atividades foram registradas em 59 países. Em 2014, esse número subiu para 67, incluindo Áustria, Austrália, Bélgica, Canadá e França. A edição 2015 do estudo investigou os padrões de atividades terroristas em 162 países a partir do total de incidentes registrados em 2014, o número de mortes, o número de feridos e os danos patrimoniais decorrentes dos atos. Com base nisso, classificou os países de acordo com os impactos do terror. Quanto mais próxima de dez for a pontuação, mais afetado é o local. Confira nas imagens quais são os 25 mais impactados.
  • 2. Iraque

    2 /27(Getty Images)

  • Veja também

    Classificação geralPontuação
    10
  • 3. Afeganistão

    3 /27(REUTERS/Medecins Sans Frontieres/Handout)

  • Classificação geralPontuação
    9,233
  • 4. Nigéria

    4 /27(Afp.com / Pius Utomi Ekpei)

    Classificação geralPontuação
    9,213
  • 5. Paquistão

    5 /27(Reuters)

    Classificação geralPontuação
    9,065
  • 6. Síria

    6 /27(Bassam Khabieh / Reuters)

    Classificação geralPontuação
    8,108
  • 7. Índia

    7 /27(Reuters/STRINGER/INDIA)

    Classificação geralPontuação
    7,747
  • 8. Iêmen

    8 /27(REUTERS/Khaled Abdullah)

    Classificação geralPontuação
    7,642
  • 9. Somália

    9 /27(Omar Faruk/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    7,6
  • 10. Líbia

    10 /27(Esam Omran Al-Fetori/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    7,29
  • 11. Tailândia

    11 /27(REUTERS/Athit Perawongmetha)

    Classificação geralPontuação
    10º7,729
  • 12. Filipinas

    12 /27(Erik De Castro/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    11º7,27
  • 13. Ucrânia

    13 /27(Reuters)

    Classificação geralPontuação
    12º7,2
  • 14. Egito

    14 /27(AFP)

    Classificação geralPontuação
    13º6,813
  • 15. República Centro-Africana

    15 /27(Ivan Lieman/AFP/Getty Images)

    Classificação geralPontuação
    14º6,721
  • 16. Sudão do Sul

    16 /27(REUTERS/Goran Tomasevic)

    Classificação geralPontuação
    15º6,712
  • 17. Sudão

    17 /27(EBRAHIM HAMID/AFP/Getty Images)

    Classificação geralPontuação
    16º6,686
  • 18. Colômbia

    18 /27(Pedro Ugarte/AFP)

    Classificação geralPontuação
    17º6,662
  • 19. Quênia

    19 /27(Getty Images)

    Classificação geralPontuação
    18º6,66
  • 20. República Democrática do Congo

    20 /27(Luc Gnago/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    19º6,487
  • 21. Camarões

    21 /27(Ali Kaya/AFP)

    Classificação geralPontuação
    20º6,466
  • 22. Líbano

    22 /27(Khalil Hassan/ Reuters)

    Classificação geralPontuação
    21º6,376
  • 23. China

    23 /27(Goh Chai Hin/AFP)

    Classificação geralPontuação
    22º6,294
  • 24. Rússia

    24 /27(AFP)

    Classificação geralPontuação
    23º6,207
  • 25. Israel

    25 /27(REUTERS/Ammar Awad)

    Classificação geralPontuação
    24º6,034
  • 26. Bangladesh

    26 /27(REUTERS/Stringer)

    Classificação geralPontuação
    25º5,921
  • 27. Agora veja as homenagens às vítimas do ataque em Paris

    27 /27(Reuters)

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