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Putin diz que sanções ocidentais dificultam conversas com Japão

Desavença a respeito de quatro ilhas dominadas pelos russos na Segunda Guerra Mundial impediu Japão e Rússia de assinarem um tratado de paz

Vladimir Putin: presidente russo disse que a proposta japonesa de cooperação econômica em oito áreas ajudou o clima para as conversas com o Japão (Sergei Karpukhin / Reuters)
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Reuters

Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 08h53.

Tóquio - O presidente da Rússia , Vladimir Putin, disse que as sanções ocidentais impostas depois que seu país anexou a Crimeia da Ucrânia são um obstáculo para as conversas sobre um tratado de paz com o Japão , de acordo com o jornal Yomiuri nesta terça-feira.

Uma desavença a respeito de quatro ilhas tomadas pelos russos no final da Segunda Guerra Mundial, mas reivindicadas pelos japoneses, impediu Tóquio e Moscou de assinaram um tratado de paz formal para encerrar o conflito.

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Putin e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, irão se encontrar no Japão na quinta e sexta-feiras para debater a cooperação econômica e a disputa territorial de décadas.

Em entrevista ao jornal Yomiuri, Putin disse que as conversas sobre as duas ilhas maiores irão além do alcance de uma declaração conjunta de 1956 com o Japão, na qual a União Soviética concordava em entregar duas ilhas menores depois da assinatura de um tratado de paz.

Putin também disse que a Rússia está disposta a discutir a atividade econômica conjunta com o Japão no tocante às ilhas no cerne de uma desavença territorial que já dura décadas, noticiou o diário, acrescentando que o líder russo afirmou que qualquer atividade do tipo precisa ocorrer sob a soberania russa.

Putin disse ainda que a proposta japonesa de cooperação econômica em oito áreas ajudou o clima para as conversas com o Japão, segundo o Yomiuri.

Segundo o presidente, os dois países precisam acertar as condições de um tratado de paz baseado na confiança, e as atividades econômicas conjuntas de larga escala podem ajudar a concretizá-lo.

Mas ele questionou se isso é possível no caso de a Rússia continuar sendo alvo de sanções japonesas, relatou o Yomiuri.

Na segunda-feira, o ministro japonês do Comércio, Hiroshige Seko, descartou qualquer acordo econômico que mine a unidade do G7 no que diz respeito às sanções adotadas depois que a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014.

Os Estados Unidos, a União Europeia e o Japão impuseram as sanções para punir Moscou após a anexação, e alguns países ocidentais vêm temendo que o Japão rompa as fileiras.

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