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Putin assinará nesta sexta documentos para anexar regiões da Ucrânia

Após referendo realizado na última semana Kremlin pretende realizar a maior anexação de territórios na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial

Putin irá anexar as províncias de Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Luhansk, localizadas no leste da Ucrânia (Sergei GUNEYEV / Sputnik/AFP)
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AFP

Publicado em 30 de setembro de 2022 às 10h42.

Última atualização em 30 de setembro de 2022 às 10h42.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin , anunciou oficialmente que assinará nesta sexta-feira, 30, os documentos que oficializam a anexação ilegal das províncias de Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Luhansk, localizadas no leste da Ucrânia .

Após referendo realizado na última semana, cuja legitimidade é questionada por órgãos multilaterais e autoridades da diplomacia global, o Kremlin pretende realizar a maior anexação de territórios na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em estratégia similar a que adotou quando tomou a Crimeia em 2014, território que também pertencia à Ucrânia.

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Segundo Putin - que discursou a um grupo de autoridades russas na manhã desta sexta - o referendo mostrou que a anexação das regiões do leste ucraniano é uma "vontade de milhões de pessoas" que vivem nas regiões tomadas pelo governo russo. O chefe de Estado chamou o governo da Ucrânia de "regime de Kiev" e disse que não vai negociar o resultado do referendo com autoridades ucranianas. "O regime de Kiev deve saber que as populações de Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Luhansk serão cidadãos russos".

Putin ainda acusou a Ucrânia de ter iniciado a guerra atual em 2014. Naquele ano, uma onda de protestos obrigou o então presidente Viktor Yanukovych, aliado do Kremlin, a renunciar. A resposta russa veio com a anexação da Crimeia. O presidente da Rússia também instou o governo de Volodymyr Zelensky a "parar com as atividades militares e voltar è mesa de negociações".

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