Mundo

Putin diz a Merkel que é inadmissível acusar Síria por ataque químico

O presidente russo conversou com a chanceler alemã por telefone e negou a participação de tropas sírias no suposto ataque químico no país

Ataque químico: Síria afirmou que as denúncias sobre o uso de armas químicas tem o objetivo de impedir o avanço do Exército (Bassam Khabieh/Reuters)

Ataque químico: Síria afirmou que as denúncias sobre o uso de armas químicas tem o objetivo de impedir o avanço do Exército (Bassam Khabieh/Reuters)

E

EFE

Publicado em 9 de abril de 2018 às 13h48.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta segunda-feira que é "inadmissível" acusar a Síria de um novo ataque químico contra a população civil, em conversa por telefone com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

"A parte russa destacou que são inadmissíveis as provocações e especulações a respeito", informou o Kremlin em comunicado.

Segundo a nota oficial, Putin "compartilhou pontos de vista" com Merkel sobre as acusações feitas contra o regime de Bashar al Assad por um suposto ataque com armas químicas contra o reduto opositor de Duma.

A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) já começou a investigar o suposto ataque governamental, que teria matado 42 civis e ferido outros 500 no sábado.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, responsabilizou no último domingo o chefe do Kremlin e o Irã por "apoiarem o animal (Bashar al) Assad", enquanto o Pentágono não descartou ações militares contra a Síria.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, garantiu nesta segunda-feira que especialistas russos não encontraram restos de substâncias químicas em Duma.

"Nossos especialistas militares e também os representantes sírios do Crescente Vermelho já estiveram nesse lugar. Não encontraram nenhum rastro do uso de cloro ou outra substância química contra civis", declarou Lavrov à imprensa.

O Centro de Reconciliação Russo na Síria emitiu um comunicado no qual os médicos do hospital de Duma disseram que não tinham receberam nenhum doente com sintomas de intoxicação química.

A Defesa Civil síria e ONGs denunciaram que as forças leais ao presidente realizaram no sábado um ataque químico em Duma que causou a morte de pelo menos 42 civis e afetou outros 500.

A agência oficial síria, "Sana", negou qualquer responsabilidade das forças sírias e garantiu que "as denúncias do uso de substâncias químicas em Duma são uma tentativa clara de impedir o avanço do Exército".

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaAngela MerkelBashar al-AssadGuerra na SíriaRússiaSíriaVladimir Putin

Mais de Mundo

Volkswagen fecha acordo com sindicatos para cortar 35 mil postos de trabalho na Alemanha

Pandemia traz lições de como lidar com tarifas de Trump, diz professor de inovação no IMD

Câmara dos EUA evita paralisação do governo com aprovação de pacote emergencial de financiamento

Maduro propõe reforma constitucional para reforçar controle político na Venezuela