Putin critica lei dos EUA sobre direitos humanos
Presidente da Rússia disse que uma nova legislação para punir os violadores dos direitos humanos russos prejudicaria as relações entre os países
Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 14h06.
Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin , disse na quinta-feira que uma nova legislação norte-americana para punir os violadores dos direitos humanos russos prejudicaria as relações com o governo dos Estados Unidos, mas pediu por uma resposta comedida.
"Esse é um ato puramente político e não amigável", disse ele. "Não entendo por que eles sacrificariam as relações entre EUA e Rússia a fim de ganhar alguns dividendos políticos em casa." Na semana passada, o Senado norte-americano aprovou um projeto de lei que exige que os EUA neguem a concessão de vistos e congelem os bens das pessoas envolvidas com a morte do advogado russo Sergei Magnitsky e outros supostos violadores dos direitos humanos.
O presidente Barack Obama deve em breve transformar o projeto em lei.
Putin advertiu que a Lei Magnitsky abalaria ainda mais uma relação já em dificuldades por causa do conflito na Síria e das críticas ao Kremlin desde a volta dele à Presidência em maio.
"Por que eles precisam disso? Eles falam sobre um ‘reinício', quando eles mesmos pioram a situação", afirmou Putin, referindo-se aos esforços de Obama no primeiro mandato para melhorar as relações.
Ele defendeu um projeto de lei em retaliação a ser debatido na Câmara dos Deputados da Rússia (Duma) na sexta-feira. Ele prevê a proibição da entrada de norte-americanos que teriam violado os direitos dos cidadãos russos no exterior.
"Acho que está absolutamente certo o Duma tomar essa iniciativa", afirmou ele. "Precisamos garantir, no entanto, que as decisões tomadas por nós sejam adequadas e não excessivas." A Rússia informou que poderá tomar medidas não especificadas além da lei, mas nega qualquer conexão entre a Lei Magnitsky e o anúncio feito na sexta-feira das restrições sobre a importação de carne de diversos países, incluindo dos EUA.
Deputados pró-Kremlin afirmaram que o projeto de lei - a ser debatido na primeira de três audiências na sexta-feira - poderá receber o nome de Dima Yakovlev, um bebê de 18 meses que morreu depois que sua família adotiva norte-americana esqueceu-o trancado em um veículo na Virginia em 2008.
Putin critica as autoridades norte-americanas pela condução dos casos envolvendo violência contra crianças adotadas russas. Ele também citou prisões secretas da CIA no exterior e o tratamento dispensado aos prisioneiros na Baía de Guantánamo, afirmando que o governo norte-americano não tinha direito de se considerar com vantagem moral.
Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin , disse na quinta-feira que uma nova legislação norte-americana para punir os violadores dos direitos humanos russos prejudicaria as relações com o governo dos Estados Unidos, mas pediu por uma resposta comedida.
"Esse é um ato puramente político e não amigável", disse ele. "Não entendo por que eles sacrificariam as relações entre EUA e Rússia a fim de ganhar alguns dividendos políticos em casa." Na semana passada, o Senado norte-americano aprovou um projeto de lei que exige que os EUA neguem a concessão de vistos e congelem os bens das pessoas envolvidas com a morte do advogado russo Sergei Magnitsky e outros supostos violadores dos direitos humanos.
O presidente Barack Obama deve em breve transformar o projeto em lei.
Putin advertiu que a Lei Magnitsky abalaria ainda mais uma relação já em dificuldades por causa do conflito na Síria e das críticas ao Kremlin desde a volta dele à Presidência em maio.
"Por que eles precisam disso? Eles falam sobre um ‘reinício', quando eles mesmos pioram a situação", afirmou Putin, referindo-se aos esforços de Obama no primeiro mandato para melhorar as relações.
Ele defendeu um projeto de lei em retaliação a ser debatido na Câmara dos Deputados da Rússia (Duma) na sexta-feira. Ele prevê a proibição da entrada de norte-americanos que teriam violado os direitos dos cidadãos russos no exterior.
"Acho que está absolutamente certo o Duma tomar essa iniciativa", afirmou ele. "Precisamos garantir, no entanto, que as decisões tomadas por nós sejam adequadas e não excessivas." A Rússia informou que poderá tomar medidas não especificadas além da lei, mas nega qualquer conexão entre a Lei Magnitsky e o anúncio feito na sexta-feira das restrições sobre a importação de carne de diversos países, incluindo dos EUA.
Deputados pró-Kremlin afirmaram que o projeto de lei - a ser debatido na primeira de três audiências na sexta-feira - poderá receber o nome de Dima Yakovlev, um bebê de 18 meses que morreu depois que sua família adotiva norte-americana esqueceu-o trancado em um veículo na Virginia em 2008.
Putin critica as autoridades norte-americanas pela condução dos casos envolvendo violência contra crianças adotadas russas. Ele também citou prisões secretas da CIA no exterior e o tratamento dispensado aos prisioneiros na Baía de Guantánamo, afirmando que o governo norte-americano não tinha direito de se considerar com vantagem moral.