Gás russo: fornecimento para Europa está cortado. (Patrick Pleul/dpa-Zentralbild/dpa (Photo by Patrick Pleul/picture alliance via Getty Images/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de setembro de 2022 às 17h32.
Última atualização em 7 de setembro de 2022 às 17h34.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira, 7, que o país está pronto para estender o racionamento das exportações de gás natural e cortar o fornecimento de petróleo e refinados caso o Ocidente avance com o plano de fixar um teto de preço para o petróleo russo. Antes da invasão na Ucrânia, o gás russo representava cerca de 40% do abastecimento da União Europeia (UE). Essa participação caiu para 9%.
No mesmo fórum econômico em que ameaçou reduzir a exportação de grãos da Ucrânia, realizado na cidade russa de Vladivostok, Putin ameaçou cortar as vendas de petróleo para qualquer país que concordar com o limite de preço. As nações ricas do Grupo dos Sete (G7) concordaram em apoiar tal acordo. Estados Unidos e aliados estão tentando convencer outros compradores do produto russo, em especial Índia e China, a assiná-lo.
Putin afirmou também que mesmo tendo obrigações contratuais de entrega de energia, o país pode reconsiderar o cumprimento dos contratos se o teto for imposto. "Simplesmente não cumpriremos (os contratos). Em geral, não entregaremos nada se for contra nossos interesses", disse ele no evento. "Não entregaremos gás, nem petróleo, nem carvão, nem combustível para aquecimento. Não entregaremos nada".
A União Europeia planeja parar de importar petróleo russo em dezembro. Já a Rússia redirecionou boa parte de suas vendas para a China, Índia e Turquia. Putin deve se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, nos bastidores de um fórum regional na próxima semana, no Usbequistão.
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