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PT quer assumir Correios e reforçar partido no BB

Ideia é passar um verniz de "desloteamento"

Agência do BB: petistas devem brigar com o PMDB pela presidência do banco (Patrick/Wikimedia Commons)

Agência do BB: petistas devem brigar com o PMDB pela presidência do banco (Patrick/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2010 às 07h55.

São Paulo - Diante da perspectiva de comandar o Ministério das Comunicações, o PT planeja desalojar o PMDB da direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). O pedido será encaminhado pela cúpula do partido à presidente eleita, Dilma Rousseff.

A ideia, no entanto, é passar um verniz de ‘desloteamento’ político nos Correios para apresentar a reivindicação como uma tentativa de profissionalizar a estatal, alvo de uma sucessão de crises nos últimos meses. A cúpula do PT aposta que o futuro ministro das Comunicações será Paulo Bernardo, atual titular do Planejamento, e já começou a vasculhar uma das chamadas joias da coroa.

Os Correios terão R$ 500 milhões para investimentos em 2011, pela proposta orçamentária da União enviada ao Congresso. Há apenas quatro meses na presidência da companhia, David José de Matos foi apadrinhado pelo deputado Tadeu Filipelli (PMDB-DF), vice-governador eleito do Distrito Federal. É amigo de Erenice Guerra, a ministra da Casa Civil que caiu em setembro, no rastro de acusações de tráfico de influência na pasta.

Banco do Brasil

Além de ocupar a cadeira mais importante dos Correios, o partido de Dilma também quer trocar o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendini. A maior instituição financeira do País tem ativos de R$ 725 bilhões. Sem levar em conta o PMDB, que está de olho na presidência do BB, uma ala do PT pretende emplacar ali o atual secretário de Política Econômica, Nelson Barbosa.

Em conversas reservadas, porém, interlocutores de Dilma admitem que a escolha será resultado de uma disputa de bastidores entre Palocci e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Tanto Mantega como Palocci têm influência no banco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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