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PSDB critica governo e conclama oposição a se unir

Documento postado no site de Serra aponta a "incompetência e o autoritarismo" do governo Dilma Rousseff

O texto está disponível em  www.joseserra.com.br. (Getty Images)

O texto está disponível em www.joseserra.com.br. (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2011 às 17h23.

Brasília - O presidente do Conselho Político do PSDB e ex-governador de São Paulo José Serra divulgou hoje, em sua página oficial na internet, o documento final da primeira reunião do colegiado, ocorrida na última quarta-feira em Brasília. O documento aponta a "incompetência e o autoritarismo" do governo Dilma Rousseff, defende a união da oposição e adverte a militância a não antecipar as decisões sobre alianças e candidaturas em 2014. "A incompetência e o autoritarismo são as marcas deste governo, e o PSDB não renunciará à denúncia desses atos e buscará mobilizar a sociedade brasileira para superar este período difícil", diz o texto, disponível em http://www.joseserra.com.br.

O documento aponta a "desunião interna" da oposição como único "possível inimigo". O PSDB chegou dividido à convenção nacional do partido, realizada no final de maio, que reconduziu o deputado Sérgio Guerra (PE) à presidência da legenda, com o apoio do senador Aécio Neves (MG). Aliados de José Serra, como o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), queriam vê-lo no comando da sigla, rachada entre "aecistas" e "serristas".

Para afastar as divisões internas, o PDSB conclama os militantes a uma atuação combativa, "evitando o esmaecimento dos compromissos políticos e ideológicos dos militantes". O conselho tucano recomenda aos militantes que não divulguem as estratégias da sigla para as próximas eleições e enfatiza que, "neste momento, as nossas tarefas essenciais são de reflexão, combate e reorganização do partido".

Incompetente e autoritário

O conselho tucano aponta a "incompetência e o autoritarismo" como marcas do atual governo da presidente Dilma Rousseff e define como missão da oposição "acompanhar, estudar todas as principais questões nacionais a fundo, ver como vivem e sentir o que pensam as pessoas de todo o País, criticar, fiscalizar, cobrar promessas e apontar caminhos".


Ao longo do documento, os tucanos enumeram os principais problemas do País que não estariam sendo devidamente enfrentados pelo governo petista, como a criação de empregos, a alta carga tributária, os juros elevados, os gargalos na infraestrutura, as carências em saneamento, saúde e educação. A avaliação do PSDB é de que muita coisa está parada no País e outras funcionam precariamente. "Porque faltam ao governo clareza, convicção, propósito e, é forçoso dizer, competência."

O documento critica ainda a falta de planejamento e o atraso nas obras da Copa do Mundo de 2014, a ambiguidade do PT que, "depois de anos demonizando as privatizações", concluiu pela privatização dos aeroportos e aponta o trem-bala de São Paulo para o Rio de Janeiro, definido pelo governo como uma das prioridades na área de infraestrutura e mobilidade urbana, como o "projeto de investimento mais alucinado de nossa história", pela precariedade técnica.

Legado FHC

Por fim, o PSDB observa que "hoje, mais do que ontem", o Brasil vem reconhecendo que boa parte das conquistas recentes se devem "à nossa régua e ao nosso compasso". Alvos da pecha cunhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que teriam deixado ao PT uma "herança maldita", os tucanos decidiram exaltar as realizações dos oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso, como a consolidação da estabilidade econômica e o início da rede de proteção social dos brasileiros.

O documento foi produzido na última quarta-feira, com a presença de Fernando Henrique, mas sua divulgação foi adiada para esta sexta-feira, a fim de que o senador Aécio Neves, que também integra o colegiado, porém se recupera de um acidente em Minas Gerais e não participou da reunião, pudesse analisá-lo. A meta é de que o Conselho Político se reúna de dois em dois meses em Brasília, recomendando-se aos diretórios estaduais que façam o mesmo, focando as críticas aos governos locais.

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