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Protestos anti-Trump marcam feriado nacional hoje nos EUA

Feriado do "dia do presidente" tem protesto nas ruas com o slogan "not my president's day" (dia do 'não é meu presidente')

Protesto contra Trump e suas leis anti-imigração em 11 de fevereiro de 2017 (Stephanie Keith/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 13h48.

Ativistas contrários ao governo de Donald Trump participam hoje (20), nos EUA, de um megaprotesto intitulado "Not My President's Day" (Não é o Dia do Meu Presidente), em diversas cidades de grande porte, como Nova York, Chicago, Los Angeles, Dallas e Atlanta.

O protesto deverá marcar o feriado nacional de hoje em todo o país, quando é celebrado o "President's Day" (Dia do Presidente).

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A data originalmente era comemorada em tributo ao primeiro e ao 16o presidentes americanos, George Washington e Abraham Lincoln, mais recentemente se tornou uma forma de homenagear todos os presidentes dos EUA, passados e presente.

Os organizadores do "Not My President's Day" no Facebook publicaram um manifesto em que explicam os motivos do protesto e fazem uma retrospectiva dos 30 dias do governo Trump, listando cronologicamente os motivos pelos quais não concordam com sua gestão.

Os manifestantes escolheram o dia não só pelo simbolismo de dizer não ao presidente, mas também porque hoje o governo completa um mês.

Central Park

Em Nova York o protesto deve se concentrar nas proximidades do Central Park ao meio-dia (14h em Brasília). Os preparativos para o evento ganharam destaque na imprensa norte-americana e redes de televisão como ABC News, NBC News e CNN divulgaram informações sobre as manifestações. Estas mesmas redes foram chamadas de inimigas por Trump, que atribuiu a elas a publicação de "fake news" (notícias falsas) sobre seu governo.

Manifestantes ouvidos pelo jornal USA Today disseram que não aceitam Donald Trump como presidente "devido às suas políticas sobre aborto e imigração", como explicou Nova Calise, uma das organizadoras do evento em Nova York.

Em Atlanta, capital da Geórgia, ativistas planejam a marcha "Impeach now" (impeachment agora). Em Chicago, os manifestantes também usaram o Facebook para se organizar e o protesto na cidade deve começar em frente à "Trump Tower", prédio de propriedade do magnata republicano.

Rallys e Campanha

Ao mesmo tempo em que ativistas e opositores se organizam e realizam protestos como o de hoje e o de ontem (19) - que reuniu pessoas em favor dos muçulmanos em Nova York, entre elas Chelsea Clinton, filha do ex-presidente Bill Clinton e de Hillary Clinton -, apoiadores de Donald Trump também se organizam para demostram apoio ao presidente.

Trump por sua vez recomeçou a realizar eventos políticos, os chamados "rallys" ou comícios, que adotou com sucesso durante a campanha presidencial para falar ao seu eleitorado.

No sábado (18), ele reuniu cerca de nove mil pessoas em Melbourne na Flórida, onde defendeu seu plano de governo e sua política de segurança baseada na construção de um muro, mais rigor na entrada de viajantes e na deportação de imigrantes irregulares que tenham problemas com a Justiça.

Para reforçar sua política de segurança, Trump citou ataques terroristas recentes na Alemanha e na Suécia. "Olhem só, o que está acontecendo na Alemanha, e o que aconteceu ontem na Suécia, eles estão tendo problemas como nunca antes pensaram que seria possível", disse.

Só que nenhum ataque aconteceu na Suécia, segundo as autoridades. A gafe repercutiu bastante e Trump escreveu no Twitter que havia visto a notícia em um programa da rede Fox News.

O presidente reforçou ainda suas críticas à imprensa e ao Poder Judiciário pelo bloqueio à sua ordem executiva que impedia a entrada de imigrantes. E comentou que a imprensa é a "inimiga número um" do povo norte-americano.

Bastante aplaudido na Flórida, o magnata disse que vai fazer o país grande de novo, recuperando o slogan de campanha "Make America Great Again". E foi além, disse que vai fazer o país "grande como nunca foi".

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