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Proposta russa sobre Síria causa mal-estar na ONU

A ideia é ''lançar uma chamada conjunta às partes para que cessem a violência e autorizem seus representantes negociar uma solução política''

Churkin convidou os embaixadores do Grupo de Ação, convocado por Kofi Annan em Genebra em junho, a reunir-se na sede da ONU em Nova York (REUTERS)
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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2012 às 20h33.

Nações Unidas - A proposta da Rússia de convocar para amanhã uma reunião de embaixadores do Grupo de Ação para a Síria provocou mal-estar nesta quinta-feira em várias delegações do Conselho de Segurança da ONU, que se sentem excluídas da reunião e que recriminam Moscou por tentar atuar fora do órgão.

''É um pouco estranho que a Rússia convoque uma reunião deste tipo na ONU excluindo vários membros do Conselho'', disseram à Agência Efe fontes diplomáticas do principal órgão internacional de segurança, que explicaram que vários embaixadores estão ''incomodados'' com a ideia lançada pelo embaixador Vitaly Churkin.

Depois que o Conselho desse por concluída a missão dos observadores na Síria devido à persistência da violência e ao fracasso até agora do trabalho mediador internacional, Churkin convidou os embaixadores do Grupo de Ação, convocado por Kofi Annan em Genebra em junho, a reunir-se na sede da ONU em Nova York.

A ideia, segundo Churkin, é ''lançar uma chamada conjunta às partes para que cessem a violência e autorizem seus representantes negociar uma solução política'', e dar continuidade assim ao estipulado na Suíça há cerca de dois meses, que foi impulsionar a formação de um governo transitório entre leais ao regime e a oposição.

Daquela reunião participaram China, Rússia, Estados Unidos, França, Reino Unido e Turquia, assim como representantes da Liga Árabe, da ONU e da União Europeia (UE), por isso não todos os membros do Conselho de Segurança estiveram presentes.

Perante esse novo cenário e depois que os três vetos de Rússia e China a iniciativas para pressionar o presidente Bashar al Assad tenham paralisado o Conselho, alguns de seus membros consideram que a reunião proposta por Moscou responde a ''uma tentativa russa de dar a impressão que faz algo para frear o conflito'', disseram as citadas fontes.


Vários dos países que deverão estar presentes na reunião ainda não receberam um convite formal, e esperam conhecer maiores detalhes que os expostos por Churkin, que perante a imprensa assegurou que o encontro ocorreria ''dentro da sede da ONU às 11h'' (12h de Brasília).

Os Estados Unidos, por sua parte, pediram à Rússia ''informação adicional e esclarecimentos'' sobre ''o objetivo'' do encontro, antes de respaldar sua realização e confirmar sua presença, segundo declararam à Efe fontes da missão americana na ONU.

''Manteremos o mesmo formato que tivemos em Genebra, mas minha intenção é incluir em outros formatos do debate os embaixadores do Irã e da Arábia Saudita'', explicou Churkin.

O anúncio de Churkin aconteceu depois que o Conselho concordasse em concluir a missão dos observadores no país árabe e respaldasse a ideia do secretário-geral, Ban Ki-moon, de criar um escritório político em Damasco, para seguir com o trabalho mediador e canalizar a ajuda humanitária.

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Nações Unidas - A proposta da Rússia de convocar para amanhã uma reunião de embaixadores do Grupo de Ação para a Síria provocou mal-estar nesta quinta-feira em várias delegações do Conselho de Segurança da ONU, que se sentem excluídas da reunião e que recriminam Moscou por tentar atuar fora do órgão.

''É um pouco estranho que a Rússia convoque uma reunião deste tipo na ONU excluindo vários membros do Conselho'', disseram à Agência Efe fontes diplomáticas do principal órgão internacional de segurança, que explicaram que vários embaixadores estão ''incomodados'' com a ideia lançada pelo embaixador Vitaly Churkin.

Depois que o Conselho desse por concluída a missão dos observadores na Síria devido à persistência da violência e ao fracasso até agora do trabalho mediador internacional, Churkin convidou os embaixadores do Grupo de Ação, convocado por Kofi Annan em Genebra em junho, a reunir-se na sede da ONU em Nova York.

A ideia, segundo Churkin, é ''lançar uma chamada conjunta às partes para que cessem a violência e autorizem seus representantes negociar uma solução política'', e dar continuidade assim ao estipulado na Suíça há cerca de dois meses, que foi impulsionar a formação de um governo transitório entre leais ao regime e a oposição.

Daquela reunião participaram China, Rússia, Estados Unidos, França, Reino Unido e Turquia, assim como representantes da Liga Árabe, da ONU e da União Europeia (UE), por isso não todos os membros do Conselho de Segurança estiveram presentes.

Perante esse novo cenário e depois que os três vetos de Rússia e China a iniciativas para pressionar o presidente Bashar al Assad tenham paralisado o Conselho, alguns de seus membros consideram que a reunião proposta por Moscou responde a ''uma tentativa russa de dar a impressão que faz algo para frear o conflito'', disseram as citadas fontes.


Vários dos países que deverão estar presentes na reunião ainda não receberam um convite formal, e esperam conhecer maiores detalhes que os expostos por Churkin, que perante a imprensa assegurou que o encontro ocorreria ''dentro da sede da ONU às 11h'' (12h de Brasília).

Os Estados Unidos, por sua parte, pediram à Rússia ''informação adicional e esclarecimentos'' sobre ''o objetivo'' do encontro, antes de respaldar sua realização e confirmar sua presença, segundo declararam à Efe fontes da missão americana na ONU.

''Manteremos o mesmo formato que tivemos em Genebra, mas minha intenção é incluir em outros formatos do debate os embaixadores do Irã e da Arábia Saudita'', explicou Churkin.

O anúncio de Churkin aconteceu depois que o Conselho concordasse em concluir a missão dos observadores no país árabe e respaldasse a ideia do secretário-geral, Ban Ki-moon, de criar um escritório político em Damasco, para seguir com o trabalho mediador e canalizar a ajuda humanitária.

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