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Promotor de Nova York se nega a deixar caso Strauss-Kahn

A decisão é uma resposta à solicitação feita pelo advogado da mulher que acusa o ex-diretor do FMI de crimes sexuais

Segundo advogado, a chefe da divisão de julgamentos do escritório do promotor de Manhattan (foto) é casada com um dos advogados de ex-dirigente do FMI
 (Don Emmert/AFP)

Segundo advogado, a chefe da divisão de julgamentos do escritório do promotor de Manhattan (foto) é casada com um dos advogados de ex-dirigente do FMI (Don Emmert/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2011 às 08h24.

Nova York - O promotor de Manhattan (Nova York), Cyrus Vance, se negou nesta quarta-feira a abandonar o caso no qual o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn é acusado de crimes sexuais, informou nesta quarta-feira um porta-voz oficial, em resposta à solicitação feita pelo advogado da suposta vítima.

"Qualquer sugestão de que o promotor deve se retirar não tem fundamento", disse Erin M. Duggan, porta-voz da promotoria.

Segundo Kenneth Thompson, advogado da mulher que acusa Strauss-Kahn de crimes sexuais, um dos principais motivos para o pedido de mudança é o fato de a chefe da divisão de julgamentos do escritório do promotor de Manhattan ser casada com um dos advogados de ex-dirigente do FMI, o que foi omitido aos advogados de acusação.

Thompson disse que soube dessa relação em uma matéria do The New York Times, publicada no mês passado.

"Deveríamos ter sido informados sobre este assunto pelos membros de seu escritório e não pela imprensa", escreveu Thompson.

Além disso, segundo o advogado, um dos promotores "faltou com o respeito e gritou com a vítima durante uma reunião".

Para Thompson, esses acontecimentos "geram uma grande preocupação sobre se este promotor pode realmente determinar qual é o interesse real da justiça".

Thompson considerou que o atual promotor "carece de imparcialidade" e incorre em um "possível conflito de interesses".

"Os habitantes do estado de Nova York têm o direito de ter um ministério público equitativo e imparcial" e "ele (...) demonstrou que é incapaz de cumprir com esses critérios", escreveu Thompson em uma carta enviada ao procurador de Manhattan Cyrus Vance.

Strauss-Kahn foi liberado na sexta-feira de sua prisão domiciliar depois de o promotor constatar incoerências no testemunho da suposta vítima, uma mulher de 32 anos da Guiné.

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