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Programa de Obama manterá linhas para a América Latina

As iniciativas para um eventual segundo mandato vão do apoio à cooperação no combate às drogas


	Obama: em relação ao intercâmbio comercial, "buscaremos oportunidades adicionais para expandir nosso comércio e promover a prosperidade", assinalam os democratas
 (Jewel Samad/AFP)

Obama: em relação ao intercâmbio comercial, "buscaremos oportunidades adicionais para expandir nosso comércio e promover a prosperidade", assinalam os democratas (Jewel Samad/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2012 às 13h16.

Charlotte - O partido do presidente Barack Obama prometerá nesta terça-feira manter o rumo de suas políticas em um eventual segundo mandato, com iniciativas que vão do apoio à cooperação no combate às drogas com a América Latina, passando pelo impulso por mais liberdade em Cuba e na Venezuela, à luta por uma reforma migratória nos Estados Unidos.

O plano de governo que o Partido Democrata deve aprovar nesta quarta-feira, quando iniciar sua convenção em Charlotte, Carolina do Norte (sudeste), mantém o que têm sido as grandes linhas políticas do governo Obama, que se contrapõem às propostas republicanas para as eleições de 6 de novembro.

Em relação à América Latina, o documento destaca a luta contra o crime organizado e o impulso ao comércio.

"Na América, aprofundamos nossos elos econômicos e de segurança com os países da região, do Canadá e México, a Brasil, Chile e El Salvador", indica o plano de governo. Os últimos três países foram visitados por Obama por um giro à região em 2011.

Os Estados Unidos aumentaram sua cooperação com o México, Colômbia, com os países da América Central e do Caribe na luta contra o narcotráfico, e "continuaremos apoiando as forças de segurança da região, a segurança fronteiriça e as polícias com equipamentos, treinamento e tecnologia", assinala o texto.

Os democratas reconheceram que a região possui "democracias vibrantes", apesar de continuar apresentando desigualdades econômicas.


"Promoveremos mais liberdade em Cuba e na Venezuela até que todos seus cidadãos desfrutem dos direitos universais de que merecem", afirma o plano.

Obama flexibilizou várias restrições em relação à ilha comunista, relacionadas, entre outros, ao envio de dinheiro, às viagens de cubano-americanos e ao aumento de licenças para visitas de americanos.

"Continuaremos apoiando o desejo do povo cubano de determinar livremente seu próprio futuro", indica o documento.

Em relação ao intercâmbio comercial, "buscaremos oportunidades adicionais para expandir nosso comércio e promover a prosperidade", assinalam os democratas, ao indicar que Obama assinou os tratados de livre comércio com o Panamá e a Colômbia.

No aspecto interno, os democratas afirmam que "é necessário que haja uma reforma migratória integral que tire das sombras os imigrantes sem documentos", a maior parte deles latino-americanos.

O plano de governo dos republicanos, apresentado na semana passada em sua convenção, dedicou a maior parte de suas menções à América Latina ao alertar para a "crescente ameaça" da Venezuela, além de evocar duras medidas migratórias.

Os democratas iniciam nesta terça-feira sua convenção nacional com a primeira-dama Michelle Obama em destaque, assim como o emergente líder latino Julián Castro, que defenderão ao máximo o trabalho de Obama.

A corrida à presidência continua acirrada, com Obama à frente do republicano Mitt Romney por apenas um ponto, 47% contra 46%, um empate técnico, segundo uma sondagem do instituto Gallup divulgada na segunda-feira.

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