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Produtores argentinos protestam doando toneladas de frutas

Os produtores lamentam que enquanto os custos internos sobem por conta da inflação, o que recebem por seu produto continua estagnado

Distribuição: a Argentina produz anualmente 1,5 milhão de toneladas de peras e maçãs (Enrique Marcarian/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2016 às 14h14.

Produtores do sul argentino distribuíram nesta terça-feira 10 toneladas de peras e maçãs na Praça de Maio, em Buenos Aires , para denunciar a crise no setor hortifrutigranjeiro e pedir a ajuda do governo.

A poucos metros da Casa Rosada, sede de governo, os produtores desde cedo distribuem frutas a centenas de pessoas que fizeram longas filas para receber a sua parte.

"Não fomos ouvidos, por isso o protesto , a situação é desesperadora. Éramos 10 mil famílias de produtores e hoje somos 2.500", disse à AFP Carlos Ilu, produtor de maçãs e peras da província de Río Negro (sul).

A Argentina produz anualmente 1,5 milhão de toneladas de peras e maçãs, principalmente no Rio Negro e Neuquén (sul). A metade é exportada, segundo cálculos do setor, mas as vendas ao exterior caíram 12%, principalmente para Brasil e Rússia.

O governo de Mauricio Macri, que assumiu em dezembro, eliminou 5% das retenções por exportações ao setor e impulsionou a liberalização da taxa de câmbio com uma desvalorização de 30%.

Os produtores se queixam que os intermediários ficam com uma maior margem e por isso pedem uma "lei de proteção que permita estabelecer um preço razoável" para sustentar a capacidade competitiva do setor.

Os produtores lamentam que enquanto os custos internos sobem por conta da inflação , o que recebem por seu produto continua estagnado.

A falta de perspectivas de crescimento também desmotiva os jovens a permanecer na atividade.

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Produtores do sul argentino distribuíram nesta terça-feira 10 toneladas de peras e maçãs na Praça de Maio, em Buenos Aires , para denunciar a crise no setor hortifrutigranjeiro e pedir a ajuda do governo.

A poucos metros da Casa Rosada, sede de governo, os produtores desde cedo distribuem frutas a centenas de pessoas que fizeram longas filas para receber a sua parte.

"Não fomos ouvidos, por isso o protesto , a situação é desesperadora. Éramos 10 mil famílias de produtores e hoje somos 2.500", disse à AFP Carlos Ilu, produtor de maçãs e peras da província de Río Negro (sul).

A Argentina produz anualmente 1,5 milhão de toneladas de peras e maçãs, principalmente no Rio Negro e Neuquén (sul). A metade é exportada, segundo cálculos do setor, mas as vendas ao exterior caíram 12%, principalmente para Brasil e Rússia.

O governo de Mauricio Macri, que assumiu em dezembro, eliminou 5% das retenções por exportações ao setor e impulsionou a liberalização da taxa de câmbio com uma desvalorização de 30%.

Os produtores se queixam que os intermediários ficam com uma maior margem e por isso pedem uma "lei de proteção que permita estabelecer um preço razoável" para sustentar a capacidade competitiva do setor.

Os produtores lamentam que enquanto os custos internos sobem por conta da inflação , o que recebem por seu produto continua estagnado.

A falta de perspectivas de crescimento também desmotiva os jovens a permanecer na atividade.

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