Produção de energia nos EUA faz a terra tremer — pra valer
Estudos recentes relacionam a injeção de água residual no subsolo, um subproduto de alguns processos de geração de energia, ao aumento da ocorrência de tremores no país
Vanessa Barbosa
Publicado em 17 de julho de 2013 às 09h07.
São Paulo - A edição desta semana da revista Nature estabelece uma ligação entre a produção de energia e os terremotos de grande escala nos Estados Unidos. As causas? Métodos para extrair gás natural, a produção de energia geotérmica e outros processos de geração que demandam a injeção de fluidos subterrâneos. Na lista entra a produção de gás de xisto, fonte de energia polêmica que está revolucinando a matriz americana.
Estudos recentes corroboram a relação. Um deles, realizado pelo Serviço Geológico dos EUA (USGS ) indica que o número de terremotos aumentou dramaticamente ao longo dos últimos anos, na região e central e leste dos Estados Unidos.
Mais de 300 terremotos acima de magnitude 3,0 ocorreram a cada três anos entre 2010-2012, em comparação com uma taxa média de 21 eventos por ano, observadas entre 1967 e 2000.
Os cientistas da USGS descobriram que em alguns locais o aumento da atividade sísmica coincide com a injeção de efluentes em poços de descarte. Subproduto da produção de óleo e gás, a água que é salgada ou contaminada por produtos químicos deve ser eliminada de uma forma que impeça a contaminação de fontes de água doce.
Muitas vezes, o caminho de injetá-los no subsolo, bem abaixo de quaisquer aquíferos que fornecem água potável, é o mais econômico para “sequestrar” geologicamente tais efluentes.
A maioria desses tremores foram pequenos, mas alguns já ultrapassaram a magnitude 5.0, diz o estudo, que cita um evento de magnitude 5,6 que atingiu Oklahoma em 6 de novembro de 2011, danificando 14 casas e ferindo duas pessoas.
Um segundo estudo, feito pelo Earth Observatory da Universidade de Columbia, em Nova York, indica que pelo menos metade dos terremotos de magnitude superior a 4,5 que atingiram o interior Estados Unidos na última década ocorreram perto dos locais de injeção de fluídos.
A suspeita é de que o aumento da atividade em poços de gás natural alterou tensões em áreas suscetíveis a terremotos, aumentando a pressão de poros fluidos nas rochas subterrâneas, lubrificando falhas pré-existentes e deixando-as mais propensas à ruptura.
São Paulo - A edição desta semana da revista Nature estabelece uma ligação entre a produção de energia e os terremotos de grande escala nos Estados Unidos. As causas? Métodos para extrair gás natural, a produção de energia geotérmica e outros processos de geração que demandam a injeção de fluidos subterrâneos. Na lista entra a produção de gás de xisto, fonte de energia polêmica que está revolucinando a matriz americana.
Estudos recentes corroboram a relação. Um deles, realizado pelo Serviço Geológico dos EUA (USGS ) indica que o número de terremotos aumentou dramaticamente ao longo dos últimos anos, na região e central e leste dos Estados Unidos.
Mais de 300 terremotos acima de magnitude 3,0 ocorreram a cada três anos entre 2010-2012, em comparação com uma taxa média de 21 eventos por ano, observadas entre 1967 e 2000.
Os cientistas da USGS descobriram que em alguns locais o aumento da atividade sísmica coincide com a injeção de efluentes em poços de descarte. Subproduto da produção de óleo e gás, a água que é salgada ou contaminada por produtos químicos deve ser eliminada de uma forma que impeça a contaminação de fontes de água doce.
Muitas vezes, o caminho de injetá-los no subsolo, bem abaixo de quaisquer aquíferos que fornecem água potável, é o mais econômico para “sequestrar” geologicamente tais efluentes.
A maioria desses tremores foram pequenos, mas alguns já ultrapassaram a magnitude 5.0, diz o estudo, que cita um evento de magnitude 5,6 que atingiu Oklahoma em 6 de novembro de 2011, danificando 14 casas e ferindo duas pessoas.
Um segundo estudo, feito pelo Earth Observatory da Universidade de Columbia, em Nova York, indica que pelo menos metade dos terremotos de magnitude superior a 4,5 que atingiram o interior Estados Unidos na última década ocorreram perto dos locais de injeção de fluídos.
A suspeita é de que o aumento da atividade em poços de gás natural alterou tensões em áreas suscetíveis a terremotos, aumentando a pressão de poros fluidos nas rochas subterrâneas, lubrificando falhas pré-existentes e deixando-as mais propensas à ruptura.