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Prisioneira em greve de fome causa protestos na Palestina

Em Gaza, cerca de mil mulheres participaram da manifestação no centro da cidade e diante da sede da Cruz Vermelha para pedir a libertação de Hanaa Chalabi

Mulheres levam a bandeira palestina para protestar contra a prisão de Hanaa al-Shalabi, em Israel (©AFP / Ahmad Gharabli)

Mulheres levam a bandeira palestina para protestar contra a prisão de Hanaa al-Shalabi, em Israel (©AFP / Ahmad Gharabli)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2012 às 17h22.

Gaza - Mulheres palestinas foram às ruas nesta quinta-feira na Faixa de Gaza e na Cisjordânia para marcar o dia Internacional da Mulher, com um apelo à libertação de uma prisioneira em Israel, em greve de fome há 22 dias.

Em Gaza, governada pelo movimento islamita Hamas, cerca de mil mulheres participaram da manifestação no centro da cidade e diante da sede da Cruz Vermelha para pedir a libertação de Hanaa Chalabi.

"Sim à saída imediata da prisão de Hanaa Chalabi!", diziam, apresentando fotografias da prisioneira palestina, de 30 anos.

Outros protestos foram realizados na barreira de Qalandiya na Cisjordânia, entre Ramallah e Jerusalém, convocados por grupos de defesa dos direitos da mulher.

O Exército israelense usou jatos d'água e um veículo amplificador de som para dispersar a manifestação, que terminou com pedras atiradas por alguns jovens em soldados, que responderam com o lançamento de granadas de gás lacrimogêneo.

Em Jerusalém Oriental ocupada e anexada por Israel, centenas de mulheres e alguns homens agitaram bandeiras palestinas na principal entrada para a Cidade Velha.

Hanaa Chalabi havia sido libertada em outubro, durante uma troca de 1.027 prisioneiros palestinos, entre eles 27 mulheres, pelo soldado israelense Gilad Shalit, que ficou em poder, durante mais de cinco anos, do movimento islamita Hamas, na Faixa de Gaza.

Acusada pelo Exército israelense de ser uma "agente mundial da jihad", ela foi novamente presa no dia 16 de fevereiro em Burqin, norte da Cisjordânia, e colocada sob detenção administrativa por seis meses - medida que pode ser renovada por tempo indeterminado.

A pena foi reduzida, domingo, a quatro meses, por um tribunal militar israelense.

A Autoridade Palestina, que governa as zonas autônomas da Cisjordânia, considerou feriado o Dia Internacional da Mulher.

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