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Príncipe cambojano faz greve de fome após eleições

Um príncipe cambojano começou greve de fome para pedir justiça aos eleitores do país após eleições

O príncipe Sisowath Thomico (d): "estarei em greve de fome até que se chegue a uma solução para fazer justiça ao povo", disse (Tang Chhin Sothy/AFP)

O príncipe Sisowath Thomico (d): "estarei em greve de fome até que se chegue a uma solução para fazer justiça ao povo", disse (Tang Chhin Sothy/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 09h36.

Phnom Penh - Um príncipe cambojano, primo do rei Norodom Sihamoni e membro da oposição, iniciou nesta sexta-feira uma greve de fome para pedir justiça aos eleitores do país após a questionada vitória do primeiro-ministro Hun Sen nas eleições.

"Estarei em greve de fome até que se chegue a uma solução para fazer justiça ao povo, ou seja, aos eleitores", declarou à imprensa o príncipe Sisowath Thomico, membro do Partido de Salvação Nacional do Camboja (CNRP) do líder opositor Sam Rainsy.

O príncipe, que iniciou sua greve em um templo de Phnom Penh, acusou o Partido do Povo Cambojano (CPP) de Hun Sen de ter organizado um "golpe de Estado frio" e de buscar um conflito entre o povo e o rei.

Segundo os resultados oficiais das eleições legislativas de 28 de julho, o CPP conquistou 68 assentos contra os 55 do CNRP. Mas este último reivindica a vitória, exige uma investigação independente das fraudes, que considera maciças, e prometeu boicotar a primeira sessão do parlamento de segunda-feira se esta reivindicação não for atendida.

"Não participaremos da sessão de 23 de setembro", declarou Sam Rainsy nesta sexta-feira durante uma coletiva de imprensa.

"Se a sessão de 23 ocorrer sem o CNRP, constituirá uma violação da Constituição", acrescentou.

Há vários dias, o rei Norodom Sihamoni enviou uma carta aos 55 deputados da oposição pedindo que renunciem ao boicote em nome da unidade nacional.

Rainsy e Hun Sen se reuniram várias vezes durante os últimos dias e seus partidos afirmam que foram realizados progressos para resolver a crise política, embora a criação de uma comissão de investigação sobre as fraudes continue sendo um obstáculo.

No último domingo, a capital viveu violentos confrontos que deixaram um morto e vários feridos à margem de uma manifestação da oposição que reuniu 20.000 pessoas.

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