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Primeiro-ministro do Nepal perde moção de censura no Parlamento e terá que renunciar

Pushpa Kamal Dahal lidou com um mandato instável e quatro votações anteriores a essa

Nepal's Prime Minister Pushpa Kamal Dahal also known as Prachanda (C), looks on during a parliament session in Kathmandu on July 12, 2024. Nepal's Prime Minister Pushpa Kamal Dahal lost a vote of confidence on July 12 a week after his key coalition partner withdrew support. Despite leading the third largest party, the Communist Party of Nepal (Maoist Centre), in the parliament, Dahal had held the prime minister’s position since December 2022 through fragile alliances, switching between the two bigger parties, Nepali Congress and CPN-UML. (Photo by PRAKASH MATHEMA / AFP) (PRAKASH MATHEMA /AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 12 de julho de 2024 às 12h32.

O primeiro-ministro do Nepal, Pushpa Kamal Dahal, perdeu nesta sexta-feira uma moção de censura no Parlamento, o que significa que terá que renunciar após ter passado um ano e meio no cargo e depois de sobreviver a quatro outras votações semelhantes em um mandato instável.

Dahal, mais conhecido como "Prachanda" (feroz), ganhou o apoio de apenas 63 dos 275 parlamentares, disse Dev Raj Ghimire, o presidente da Câmara dos Representantes, a câmara baixa do Parlamento nepalês, durante a sessão. Ao todo, 138 deputados votaram contra a permanência de Dahal no poder.

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O premiê foi submetido a uma moção de censura apresentada pelos partidos majoritários no Parlamento: o Congresso Nepalês, o Partido Comunista do Nepal - Marxista Leninista Unificado (CPN-UML) e o Partido Janata Samajbadi.

Até recentemente, o CPN-UML era seu parceiro de coalizão, mas, em um movimento nada surpreendente na turbulenta política do Nepal, fechou um acordo com o Congresso Nepalês para formar seu próprio governo e derrubar Dahal.

"Fizemos grandes sacrifícios pelo país e não estamos enfraquecidos, continuaremos a defender a Constituição", comentou o primeiro-ministro antes da votação decisiva.

De acordo com o procedimento estabelecido na Constituição nepalesa, o presidente do país, Ram Chandra Paudel, deve agora convocar os líderes do CPN-UML e do Congresso Nepalês para formar uma nova coalizão.

Os líderes dos dois grupos, Prasad Sharma Oli e Sher Bahadur Deuba, se revezarão no cargo de primeiro-ministro por um ano e meio cada, começando por Oli.

Nos últimos 30 anos, o Nepal teve quase 30 primeiros-ministros, que tentaram estabelecer as bases do Estado apesar da contínua instabilidade institucional.

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