Primeira torre do novo WTC abre com 40% de salas vazias
Primeiro arranha-céu do World Trade Center será inaugurado com dois dias de cerimônias para marcar a renovação da área após ataques
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2013 às 22h27.
Nova York - O primeiro arranha-céu do World Trade Center, no sul de Manhattan, será inaugurado com dois dias de cerimônias para marcar a renovação da área após sua destruição por terroristas . Quando a fanfarra acabar, a tarefa consistirá em preencher os 40 por cento da torre que estão vazios.
“Nos sentimos verdadeiramente realizados por termos chegado até aqui”, afirmou Janno Lieber, presidente da companhia que construiu o prédio 4 do complexo, de 72 andares, que será inaugurado amanhã. Isso significa que o local “realmente virará parte de Nova York de novo”.
Lieber espera que o atrativo do prédio para as companhias se destacará quando as cercas forem retiradas. Sua companhia, uma unidade da desenvolvedora Silverstein Properties Inc., deve preencher 93 mil metros quadrados em escritórios, espaço quase do tamanho do Edifício Chrysler. Os únicos ocupantes no prédio 4, de 214 mil metros quadrados, são duas agências do governo que se comprometeram com o projeto em 2006 para ajudar a acelerar a reconstrução no Grand Zero.
À medida que o World Trade Center der seus primeiros passos para voltar a ser um vibrante distrito de escritórios, enfrentará “um ambiente muito competitivo” que provavelmente permaneça assim por alguns anos, afirmou Michael Cohen, presidente regional tri estadual da corretora Colliers International. A inauguração da primeira torre e a finalização do prédio 1 em janeiro acrescentarão 223.000 metros quadrados de espaço sem alugar, pondo à prova um mercado no centro que já está concorrendo com mais de 558 mil metros quadrados de escritórios abandonados pelas companhias financeiras em retirada.
“Esta é apenas a ponta do iceberg de uma grande oferta de espaço classe A que se acumulará na área do Trade Center”, afirmou Cohen em uma entrevista, falando sobre o prédio 4. “Afinal de contas, a oferta e a demanda determinarão o valor do espaço. Três dos donos mais ricos e sofisticados da cidade concorrerão frente a frente. Eu espero observar os resultados”.
Não solitário
Larry Silverstein, quem alugou as torres originais à Autoridade Portuária de Nova York somente seis semanas antes dos atentados de 11 de setembro, afirmou confiar em que o processo seja similar ao que ocorreu com o prédio 7 - um edifício de 158 mil metros quadrados ao norte dos 16 acres do complexo que já está quase totalmente alugado por inquilinos como a Moody’s Corp., a companhia de direitos musicais BMI Inc. e a Mansueto Ventures LLC, editora das revistas Fast Company e Inc.
Quando Silverstein, de 82 anos, finalizou aquele prédio em 2006, “éramos os únicos ocupantes”, afirmou em uma entrevista. “Ninguém estava no prédio. Foi muito solitário, mas não por muito tempo”.
A demanda de escritórios no sul de Manhattan – um mercado de 7,72 milhões de metros quadrados – está se acelerando, segundo dados da corretora CBRE Group Inc.. No terceiro trimestre, assinaram-se acordos para alugar 142.300 metros quadrados, 40% a mais do que nos três meses anteriores e acima da média de cinco anos de 96.750 metros quadrados, conforme a CBRE.
A construção da torre custou US$ 1,67 bilhão. Cerca de US$ 1,2 bilhão foram pagos com Títulos Liberty, isentos de impostos. Os aluguéis do governo o obrigam a amortizar as dívidas desses títulos. O pagamento de uma indenização, obtido por Silverstein após quase seis anos de litígios, cobre quase todo o restante do custo do prédio.
Títulos Liberty
Os Títulos Liberty, empréstimos federais autorizados pelo Congresso depois dos atentados como parte de um pacote de US$ 21 bilhões para a recuperação do sul do Manhattan, também foram utilizados para financiar projetos como a nova sede da Goldman Sachs em 200 West St. e o prédio em 1 World Trade Center.
Nem 1 nem 4 World Trade Center possuem vantagens, afirmou Michael Shenot, diretor de gestão na corretora Jones Lang LaSalle Inc. quem já trabalhou para a Autoridade Portuária.
“São todos projetos maravilhosos”, disse Shenot. “É aqui quando surge o que Donald Trump chamou ‘a arte do acordo’. Como você faz para que os eventuais inquilinos digam “sim”?”.
Nova York - O primeiro arranha-céu do World Trade Center, no sul de Manhattan, será inaugurado com dois dias de cerimônias para marcar a renovação da área após sua destruição por terroristas . Quando a fanfarra acabar, a tarefa consistirá em preencher os 40 por cento da torre que estão vazios.
“Nos sentimos verdadeiramente realizados por termos chegado até aqui”, afirmou Janno Lieber, presidente da companhia que construiu o prédio 4 do complexo, de 72 andares, que será inaugurado amanhã. Isso significa que o local “realmente virará parte de Nova York de novo”.
Lieber espera que o atrativo do prédio para as companhias se destacará quando as cercas forem retiradas. Sua companhia, uma unidade da desenvolvedora Silverstein Properties Inc., deve preencher 93 mil metros quadrados em escritórios, espaço quase do tamanho do Edifício Chrysler. Os únicos ocupantes no prédio 4, de 214 mil metros quadrados, são duas agências do governo que se comprometeram com o projeto em 2006 para ajudar a acelerar a reconstrução no Grand Zero.
À medida que o World Trade Center der seus primeiros passos para voltar a ser um vibrante distrito de escritórios, enfrentará “um ambiente muito competitivo” que provavelmente permaneça assim por alguns anos, afirmou Michael Cohen, presidente regional tri estadual da corretora Colliers International. A inauguração da primeira torre e a finalização do prédio 1 em janeiro acrescentarão 223.000 metros quadrados de espaço sem alugar, pondo à prova um mercado no centro que já está concorrendo com mais de 558 mil metros quadrados de escritórios abandonados pelas companhias financeiras em retirada.
“Esta é apenas a ponta do iceberg de uma grande oferta de espaço classe A que se acumulará na área do Trade Center”, afirmou Cohen em uma entrevista, falando sobre o prédio 4. “Afinal de contas, a oferta e a demanda determinarão o valor do espaço. Três dos donos mais ricos e sofisticados da cidade concorrerão frente a frente. Eu espero observar os resultados”.
Não solitário
Larry Silverstein, quem alugou as torres originais à Autoridade Portuária de Nova York somente seis semanas antes dos atentados de 11 de setembro, afirmou confiar em que o processo seja similar ao que ocorreu com o prédio 7 - um edifício de 158 mil metros quadrados ao norte dos 16 acres do complexo que já está quase totalmente alugado por inquilinos como a Moody’s Corp., a companhia de direitos musicais BMI Inc. e a Mansueto Ventures LLC, editora das revistas Fast Company e Inc.
Quando Silverstein, de 82 anos, finalizou aquele prédio em 2006, “éramos os únicos ocupantes”, afirmou em uma entrevista. “Ninguém estava no prédio. Foi muito solitário, mas não por muito tempo”.
A demanda de escritórios no sul de Manhattan – um mercado de 7,72 milhões de metros quadrados – está se acelerando, segundo dados da corretora CBRE Group Inc.. No terceiro trimestre, assinaram-se acordos para alugar 142.300 metros quadrados, 40% a mais do que nos três meses anteriores e acima da média de cinco anos de 96.750 metros quadrados, conforme a CBRE.
A construção da torre custou US$ 1,67 bilhão. Cerca de US$ 1,2 bilhão foram pagos com Títulos Liberty, isentos de impostos. Os aluguéis do governo o obrigam a amortizar as dívidas desses títulos. O pagamento de uma indenização, obtido por Silverstein após quase seis anos de litígios, cobre quase todo o restante do custo do prédio.
Títulos Liberty
Os Títulos Liberty, empréstimos federais autorizados pelo Congresso depois dos atentados como parte de um pacote de US$ 21 bilhões para a recuperação do sul do Manhattan, também foram utilizados para financiar projetos como a nova sede da Goldman Sachs em 200 West St. e o prédio em 1 World Trade Center.
Nem 1 nem 4 World Trade Center possuem vantagens, afirmou Michael Shenot, diretor de gestão na corretora Jones Lang LaSalle Inc. quem já trabalhou para a Autoridade Portuária.
“São todos projetos maravilhosos”, disse Shenot. “É aqui quando surge o que Donald Trump chamou ‘a arte do acordo’. Como você faz para que os eventuais inquilinos digam “sim”?”.