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Pressionado em casa, Trump se volta para a Ásia

Nomes importantes do governo visitam China e Japão, numa preparação para o encontro mais esperado, entre Trump e Xi, no fim do mês

Mike Pompeo, secretário de Estado americano, se encontrou com líderes chineses na última sexta-feira, 9 (Leah Millis/Reuters)

Mike Pompeo, secretário de Estado americano, se encontrou com líderes chineses na última sexta-feira, 9 (Leah Millis/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2018 às 05h56.

Última atualização em 12 de novembro de 2018 às 06h13.

O vice-presidente dos Estados Unidos Mike Pence visita o Japão nesta segunda-feira para reforçar os laços com um aliado americano que será cada vez mais importante no xadrez político da Ásia. Pence se encontrará com o primeiro-ministro Shinzo Abe, e vai discutir a desnuclearização da Coreia do Norte e questões comerciais, como a guerra comercial travada com a China.

Passadas as eleições de meio de mandato, o governo do presidente Donald Trump retoma suas políticas internacionais, com os olhos voltados, mais uma vez, para o lado asiático do mundo. Na sexta-feira (09), o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, se encontrou com líderes chineses. Pompeo afirmou que os Estados Unidos buscam laços fortes com a China para ajudar a enfrentar a Coreia do Norte, mas diz seguir preocupado com as ações de Pequim em relação à liberdade religiosa e ao mar do Sul da China.

O secretário de Estado chinês, Yang Jiechi, disse a repórteres durante a coletiva de imprensa após conversas diplomáticas que a China está comprometida em trabalhar junto aos Estados Unidos de uma maneira não conflituosa e seguiria um caminho de reformas. A guerra comercial foi deixada de lado durante o encontro, e, portanto, parece estar longe de ser resolvida. Com isso, os Estados Unidos mantêm suas sanções sobre mais de 267 bilhões de dólares em produtos chineses, e a China mantém suas taxas de mais de 110 bilhões de dólares sobre produtos americanos.

Trump pode encontrar um novo obstáculo em suas decisões diplomáticas e comerciais: os democratas no Congresso americano. Com o resultado das eleições – que garantiu maioria das cadeiras no Congresso a membros do partido democrata –, o presidente americano terá que contar com o apoio de sua oposição para manter a guerra comercial, ou qualquer outra medida diplomática que exija resolução interna.

Trump se encontrará com o presidente chinês Xi Jinping no final de novembro, durante o encontro do G20, na Argentina.

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