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Presidentes do Mercosul expressam preocupação com Venezuela e Nicarágua

A Venezuela e a Nicarágua enfrentam uma crise política e social e os presidentes do Mercosul pediram soluções para as populações dos países

O Mercosul suspendeu a Venezuela em 2017 como país-membro por conta de uma ruptura da ordem democrática (Oswaldo Rivas/Reuters)
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EFE

Publicado em 18 de junho de 2018 às 15h07.

Assunção - Os presidentes dos países do Mercosul emitiram nesta segunda-feira duas resoluções nas quais expressaram preocupação com a situação política e social de Nicarágua e Venezuela e pediram que sejam encontradas soluções para suas populações.

Durante a cúpula de líderes do Mercosul, na Grande Assunção, o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, que hoje cedeu a presidência temporária do bloco ao chefe de Estado uruguaio, Tabaré Vázquez, foi o encarregado de ler as resoluções, todas aprovadas sem objeções.

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Na primeira resolução, o Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e com Bolívia em processo de adesão, condena "todo tipo de violência" na Nicarágua e pediu que seja "retomado o diálogo" para "estabelecer uma solução pacífica para a grave crise".

Além disso, a resolução apela às autoridades que "respeitem a institucionalidade democrática e garantam o direito da população a se manifestar".

A Nicarágua está imersa na crise política mais violenta desde os anos 1980, que já deixou cerca de 200 mortos desde abril deste ano.

Os protestos contra o presidente Daniel Ortega - que está no poder há 11 anos - e sua esposa e vice-presidente Rosario Murillo começaram em 18 de abril por causa de uma reforma da previdência social.

Devido ao descontentamento da população, a reforma acabou sendo revogada pelo governo, mas os protestos continuaram e se transformaram em uma exigência de renúncia ao presidente, acusado de abusos e corrupção.

Quanto à Venezuela, o Mercosul mencionou o "aumento do fluxo migratório de venezuelanos", que obriga os países da região a "coordenarem esforços para dar respostas integrais em matéria migratória e de asilo".

Além disso, os presidentes do Mercosul pediram ao governo da Venezuela, liderado por Nicolás Maduro, que faça uma "coordenação com a comunidade internacional" para encontrar uma solução para a crise no país.

Por último, o Mercosul reiterou "sua vontade e seus compromissos de apoiar o povo irmão venezuelano nos esforços que reivindica".

O Mercosul suspendeu a Venezuela em 2017 como país-membro por uma "ruptura da ordem democrática".

Além dos presidentes de Paraguai e Uruguai, a cúpula em Assunção também contou com a presença do presidente do Brasil, Michel Temer, enquanto a Argentina foi representada pela vice-presidente do país, Gabriela Michetti.

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