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Presidente russo diz que sanções violam princípios da OMC

Presidente disse que as sanções desafiaram a Rússia a reforçar a sua economia, aumentar a concorrência e estimular a concessão de empréstimos

Vladimir Putin: presidente afirmou que não tem intenção de punir o Ocidente pelas sanções (Michael Klimentyev/AFP)
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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 09h35.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin , disse nesta quinta-feira que as sanções do Ocidente contra a Rússia violaram os princípios da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a principal forma de combatê-las foi desenvolver o mercado interno.

Em uma reunião com altos funcionários, Putin afirmou que a Rússia não tem a intenção de punir o Ocidente pelas sanções - impostas por causa do papel de Moscou na Ucrânia - e disse que invés disso elas desafiaram a Rússia a reforçar a sua economia, aumentar a concorrência e estimular a concessão de empréstimos.

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"Ao tomar medidas em resposta, temos antes de tudo que pensar em nossos próprios interesses no que se refere à tarefa de desenvolver e proteger os nossos produtores e mercados da concorrência desleal", disse Putin. "E nosso objetivo principal é a utilização de uma das principais vantagens competitivas da Rússia - um grande mercado interno, e supri-lo com produtos de alta qualidade produzidos por empresas do nosso país."

A crise na Ucrânia mergulhou as relações entre o Ocidente e a Rússia em pior nível desde a Guerra Fria. Putin criticou os países que impuseram sanções por violar o espírito da OMC, de concorrência econômica justa e livre, afirmou.

A Rússia aderiu à OMC em 2012, após 18 anos de negociações sobre os termos de sua entrada.

Países que aplicam sanções comerciais não têm que justificá-las no âmbito da OMC, a menos que estejam envolvidos numa disputa comercial.

As justificativas para restringir o comércio podem variar de razões ambientais e de saúde a questões religiosas.

Mas alguns diplomatas avaliam que amplas sanções contra a Rússia só poderiam ser justificadas por questões de segurança nacional. Isso seria um argumento legítimo, mas que nunca foi utilizado em uma disputa da OMC.

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