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Presidente palestino avisa que não vai "vender Jerusalém"

Mahmoud Abbas se recusa a aceitar o plano de paz apresentado nesta semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

Presidente da Palestina, Mahmoud Abbas (Caitlin Ochs/Reuters)
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EFE

Publicado em 1 de fevereiro de 2020 às 12h25.

Cairo - O presidente da Palestina , Mahmoud Abbas, disse neste sábado, 1º, durante sessão extraordinária da Liga Árabe para discutir o plano de paz apresentado nesta semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que nunca aceitará tal solução e não entrará na história por "vender Jerusalém" como a capital de Israel.

No início da reunião, na sede da Liga Árabe, no Cairo, capital do Egito, Abbas disse que não vai gravar seu nome na sua história e no de seu país como aquele que vendeu Jerusalém, porque Jerusalém "é de  todos".

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No plano de paz elaborado pela Casa Branca, a Cidade Santa é reconhecida como a capital unida de Israel, embora Trump tenha explicado que os palestinos poderão estabelecer a capital de seu futuro estado na periferia oriental da cidade, algo que foi rejeitado categoricamente por Abbas.

O presidente palestino alertou hoje que o plano apenas lhes concede a área de Abu Dis, um bairro deprimido de Jerusalém Oriental, e não toda a parte oriental da cidade, ocupada em 1967 e anexada em 1980 por Israel.

Abbas afirmou que os territórios de um futuro estado palestino, como prevê o plano de Trump, representam apenas 22% da "histórica Palestina".

Portanto, ele disse aos ministros das Relações Exteriores dos países membros da organização que se recusou a receber uma cópia do plano de paz e a atender um telefonema de Trump.

Ele também lamentou que, desde que Washington começou a mediar entre palestinos e israelenses, não tenha havido progresso em direção a uma solução negociada, e que ele próprio se encontrou com Trump quatro vezes, mas "essas reuniões não produziram resultados".

Na sessão de hoje, Abbas expôs a conhecida posição dos líderes palestinos no plano de paz e espera-se que a Liga Árabe tente chegar a um consenso entre seus 22 membros, alguns dos quais valorizaram positivamente a proposta dos EUA.

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