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Presidente italiano pede responsabilidade a partidos após eleição

Como nenhum partido ou grupo obteve uma maioria, a nação mergulhou em uma incerteza política

Sergio Mattarella: "Nós - e isto significa todos - ainda precisamos e sempre precisaremos desta abordagem: um sentimento de responsabilidade que nos permita fazer do interesse geral do país e de seus cidadãos a prioridade" (Edgard Garrido/Reuters)

Sergio Mattarella: "Nós - e isto significa todos - ainda precisamos e sempre precisaremos desta abordagem: um sentimento de responsabilidade que nos permita fazer do interesse geral do país e de seus cidadãos a prioridade" (Edgard Garrido/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de março de 2018 às 19h25.

Roma - O presidente da Itália, Sergio Mattarella, pediu aos políticos nesta quinta-feira que atuem com responsabilidade enquanto negociam a formação de um governo após a eleição inconclusiva de 4 de março.

Mattarella, que normalmente se limita a um papel simbólico e agora precisa entrar na arena política e mediar um acordo entre forças rivais, fez o apelo em seu primeiro pronunciamento público desde que a votação de domingo resultou em um Parlamento sem maioria.

"Nós - e isto significa todos - ainda precisamos e sempre precisaremos desta abordagem: um sentimento de responsabilidade que nos permita fazer do interesse geral do país e de seus cidadãos a prioridade", disse Mattarella em um discurso.

Como nenhum partido ou grupo obteve uma maioria, a nação mergulhou em uma incerteza política justo no momento em que autoridades europeias alertam para que se evite elevar os gastos e aumentar um montante de dívidas já gigantesco.

Uma aliança de direita dominada pela sigla eurocética Liga ficou com a maior parte dos assentos, seguida pelo anti-establishment Movimento 5 Estrelas, que emergiu como o maior partido isolado com uma margem ampla.

Tanto Luigi Di Maio, líder do 5 Estrelas, quanto Matteo Salvini, o chefe da Liga, reivindicaram o posto de primeiro-ministro - mas a decisão final cabe ao muitas vezes inescrutável Mattarella, que precisa persuadir adversários políticos a encontrarem um meio termo.

Giancarlo Giorgetti, parlamentar veterano da Liga, disse que não descarta nenhuma das alianças disponíveis, mas que vê Di Maio e Salvini como "dois líderes alternativos".

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