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Presidente francês pede fim de embargo americano a Cuba

François Hollande considerou que sua viagem à Cuba acontece "em um contexto particularmente importante, mas ainda incerto"

Hollande considerou que sua viagem acontece "em um contexto particularmente importante, mas ainda incerto" (Adalberto Roque/AFP)
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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2015 às 14h26.

Havana - Visitando Cuba para defender os interesses franceses e europeus, o presidente François Hollande apelou nesta segunda-feira pela "anulação" do embargo econômico americano à ilha, que "tanto prejudicou" o desenvolvimento da nação comunista.

Primeira visita de um chefe de Estado ocidental desde o anúncio do degelo entre Washington e Havana, Hollande considerou que sua viagem acontece "em um contexto particularmente importante, mas ainda incerto", em um discurso na Universidade de Havana.

A França fará o possível para contribuir para que "a abertura possa se confirmar, que as medidas que tanto prejudicaram Cuba possam enfim ser anuladas, suprimidas", acrescentou, em referência ao embargo que penaliza a economia da ilha desde 1962.

"Vocês sabem qual sempre foi a posição da França para levantar o embargo que entrava o desenvolvimento de Cuba", insistiu o presidente francês.

Todos os anos desde 1991, Paris vota a favor da resolução que pede o levantamento do embargo na Assembleia Geral da ONU.

Desde o anúncio da reaproximação com Cuba no final de 2014, o presidente democrata Barack Obama pediu que o Congresso, controlado pelos republicanos, trabalhe para levantar o embargo, porque só ele tem a prerrogativa institucional para o fazer.

Obama também adotou uma série de medidas de flexibilização do embargo, dentro dos limites das suas competências, mas elas foram consideradas insuficientes por Havana.

Em sua viagem de cinco dias pelo Caribe, o presidente francês deve encontrar nesta segunda à noite o seu colega Raul Castro, que substituiu seu irmão Fidel em 2006.

O Eliseu também expressou sua "disponibilidade" para organizar um encontro com o pai da revolução cubana, mas isto não foi confirmado por Havana.

Direitos humanos na agenda

"Vim a Cuba com grande emoção, porque é a primeira vez que um presidente da República francesa visita Cuba", declarou Hollande em sua chegada domingo à noite.

Com esta visita, o presidente francês também passa à frente de outros chefes de Estado ocidentais atraídos pelas perspectivas de abertura desde o anúncio no final de 2014 da reaproximação com Washington.

Paris tem a intenção de capitalizar nos laços aprofundados há pouco mais de um ano com uma visita à ilha de seu ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius.

Desde então, a França tem se posicionado na linha da frente em favor da aproximação entre a UE e Havana.

Quanto aos direitos humanos, um assunto sobre o qual o regime cubano frequentemente é alvo, Hollande disse que seria "necessariamente mencionado."

Seu primeiro gesto nesta segunda foi entregar a Legião de Honra ao cardeal Jaime Ortega, que desempenhou um papel de mediação na promoção da libertação dos presos políticos em 2010.

Décimo parceiro econômico da ilha, a França quer reforçar a sua presença no mercado cubano e não deixará passar o processo de liberalização econômica em Cuba. Muitos líderes empresariais acompanham Hollande nesse passeio em uma delegação com nada menos que sete ministros e secretários de Estado.

Alguns contratos devem ser assinados nesta segunda-feira, mas o presidente francês disse que queria aproveitar a influência de Cuba no continente para desenvolver as suas relações econômicas com a América Latina.

Há "uma vontade da França para aumentar o intercâmbio cultural", mas "também econômico com a América Latina", observou ele, ressaltando "o papel que Cuba desempenha" no continente.

No caminho para a normalização das relações com os Estados Unidos, mas também com a Europa, Cuba também está envolvida em um processo de "atualização" de sua economia herdada do modelo soviético.

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Havana - Visitando Cuba para defender os interesses franceses e europeus, o presidente François Hollande apelou nesta segunda-feira pela "anulação" do embargo econômico americano à ilha, que "tanto prejudicou" o desenvolvimento da nação comunista.

Primeira visita de um chefe de Estado ocidental desde o anúncio do degelo entre Washington e Havana, Hollande considerou que sua viagem acontece "em um contexto particularmente importante, mas ainda incerto", em um discurso na Universidade de Havana.

A França fará o possível para contribuir para que "a abertura possa se confirmar, que as medidas que tanto prejudicaram Cuba possam enfim ser anuladas, suprimidas", acrescentou, em referência ao embargo que penaliza a economia da ilha desde 1962.

"Vocês sabem qual sempre foi a posição da França para levantar o embargo que entrava o desenvolvimento de Cuba", insistiu o presidente francês.

Todos os anos desde 1991, Paris vota a favor da resolução que pede o levantamento do embargo na Assembleia Geral da ONU.

Desde o anúncio da reaproximação com Cuba no final de 2014, o presidente democrata Barack Obama pediu que o Congresso, controlado pelos republicanos, trabalhe para levantar o embargo, porque só ele tem a prerrogativa institucional para o fazer.

Obama também adotou uma série de medidas de flexibilização do embargo, dentro dos limites das suas competências, mas elas foram consideradas insuficientes por Havana.

Em sua viagem de cinco dias pelo Caribe, o presidente francês deve encontrar nesta segunda à noite o seu colega Raul Castro, que substituiu seu irmão Fidel em 2006.

O Eliseu também expressou sua "disponibilidade" para organizar um encontro com o pai da revolução cubana, mas isto não foi confirmado por Havana.

Direitos humanos na agenda

"Vim a Cuba com grande emoção, porque é a primeira vez que um presidente da República francesa visita Cuba", declarou Hollande em sua chegada domingo à noite.

Com esta visita, o presidente francês também passa à frente de outros chefes de Estado ocidentais atraídos pelas perspectivas de abertura desde o anúncio no final de 2014 da reaproximação com Washington.

Paris tem a intenção de capitalizar nos laços aprofundados há pouco mais de um ano com uma visita à ilha de seu ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius.

Desde então, a França tem se posicionado na linha da frente em favor da aproximação entre a UE e Havana.

Quanto aos direitos humanos, um assunto sobre o qual o regime cubano frequentemente é alvo, Hollande disse que seria "necessariamente mencionado."

Seu primeiro gesto nesta segunda foi entregar a Legião de Honra ao cardeal Jaime Ortega, que desempenhou um papel de mediação na promoção da libertação dos presos políticos em 2010.

Décimo parceiro econômico da ilha, a França quer reforçar a sua presença no mercado cubano e não deixará passar o processo de liberalização econômica em Cuba. Muitos líderes empresariais acompanham Hollande nesse passeio em uma delegação com nada menos que sete ministros e secretários de Estado.

Alguns contratos devem ser assinados nesta segunda-feira, mas o presidente francês disse que queria aproveitar a influência de Cuba no continente para desenvolver as suas relações econômicas com a América Latina.

Há "uma vontade da França para aumentar o intercâmbio cultural", mas "também econômico com a América Latina", observou ele, ressaltando "o papel que Cuba desempenha" no continente.

No caminho para a normalização das relações com os Estados Unidos, mas também com a Europa, Cuba também está envolvida em um processo de "atualização" de sua economia herdada do modelo soviético.

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