Presidente do Irã se despede da Itália e segue para a França
O presidente iraniano assinará em Paris importantes contratos comerciais, abrindo um novo capítulo nas relações comerciais e políticas do Irã
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2016 às 13h30.
O presidente iraniano , Hassan Rohani, encerrou nesta quarta-feira sua visita à Itália, para viajar posteriormente à França , segunda etapa de um giro que marca a aproximação entre a República Islâmica e os países europeus após o levantamento das sanções.
O presidente iraniano assinará em Paris importantes contratos comerciais, assim como ocorreu em Roma, abrindo um novo capítulo nas relações comerciais e políticas do Irã, país que esteve isolado por anos.
Itália e França eram, antes das sanções impostas ao Irã, em 2006, dois de seus principais sócios econômicos europeus, e querem recuperar seu lugar neste país rico em petróleo e gás.
Teerã já anunciou um amplo acordo com o fabricante europeu de aviões Airbus, com a compra de 114 aeronaves, enquanto na Itália foram assinados quinze acordos de um valor total de 15 a 17 bilhões de euros.
Rohani concluiu sua etapa italiana com um percurso pelo Coliseu e uma coletiva de imprensa, na qual atacou novamente a Arábia Saudita, seu vizinho árabe, com quem a tensão aumentou repentinamente desde o início do ano.
O presidente iraniano se negou a pedir desculpas após o incêndio no início de janeiro na embaixada saudita em Teerã durante os protestos pela execução de um religioso xiita crítico do regime saudita.
Para Rohani, é necessário que a Arábia Saudita tome "decisões corretas" para reduzir a tensão entre os dois países.
O influente príncipe saudita Turki al Faisal convocou nesta terça-feira em Paris o Irã a pedir desculpas pelo incêndio, o que foi rejeitado pelo líder iraniano, também clérigo xiita.
A rivalidade entre os dois países é secular e eles competem indiretamente nos conflitos da região, especialmente em Síria, Iraque e Iêmen.
Rohani, que viaja acompanhado por uma delegação de mais de uma centena de empresários e seis ministros, chega à Europa com o objetivo de reforçar suas relações econômicas.
Rohani se encontrará na quinta-feira com os empresários franceses e com o presidente François Hollande, com quem deverá participar de uma coletiva de imprensa conjunta, indicaram fontes oficiais francesas.
Na terça-feira, em meio à nata empresarial e industrial italiana reunida para a ocasião, Rohani fez um convite para que invistam mais no Irã.
"O Irã é o país mais seguro e mais estável de toda a região", disse.
Neste mesmo dia foi recebido pela primeira vez no Vaticano pelo papa Francisco, que pediu que se envolva na pacificação do Oriente Médio.
O Irã "pode jogar um papel importante no Oriente Médio para promover soluções políticas adequadas que detenham a propagação do terrorismo e o tráfico de armas na região", disse o Vaticano em um comunicado.
Associações de defesa dos direitos humanos lamentaram que durante a visita de Rohani à Itália não tenha sido discutido o espinhoso tema dos direitos humanos nem o da abolição da pena de morte.
Tanto o Vaticano quanto a Itália estiveram na linha de frente na batalha contra a pena de morte em todo o mundo.
O presidente iraniano , Hassan Rohani, encerrou nesta quarta-feira sua visita à Itália, para viajar posteriormente à França , segunda etapa de um giro que marca a aproximação entre a República Islâmica e os países europeus após o levantamento das sanções.
O presidente iraniano assinará em Paris importantes contratos comerciais, assim como ocorreu em Roma, abrindo um novo capítulo nas relações comerciais e políticas do Irã, país que esteve isolado por anos.
Itália e França eram, antes das sanções impostas ao Irã, em 2006, dois de seus principais sócios econômicos europeus, e querem recuperar seu lugar neste país rico em petróleo e gás.
Teerã já anunciou um amplo acordo com o fabricante europeu de aviões Airbus, com a compra de 114 aeronaves, enquanto na Itália foram assinados quinze acordos de um valor total de 15 a 17 bilhões de euros.
Rohani concluiu sua etapa italiana com um percurso pelo Coliseu e uma coletiva de imprensa, na qual atacou novamente a Arábia Saudita, seu vizinho árabe, com quem a tensão aumentou repentinamente desde o início do ano.
O presidente iraniano se negou a pedir desculpas após o incêndio no início de janeiro na embaixada saudita em Teerã durante os protestos pela execução de um religioso xiita crítico do regime saudita.
Para Rohani, é necessário que a Arábia Saudita tome "decisões corretas" para reduzir a tensão entre os dois países.
O influente príncipe saudita Turki al Faisal convocou nesta terça-feira em Paris o Irã a pedir desculpas pelo incêndio, o que foi rejeitado pelo líder iraniano, também clérigo xiita.
A rivalidade entre os dois países é secular e eles competem indiretamente nos conflitos da região, especialmente em Síria, Iraque e Iêmen.
Rohani, que viaja acompanhado por uma delegação de mais de uma centena de empresários e seis ministros, chega à Europa com o objetivo de reforçar suas relações econômicas.
Rohani se encontrará na quinta-feira com os empresários franceses e com o presidente François Hollande, com quem deverá participar de uma coletiva de imprensa conjunta, indicaram fontes oficiais francesas.
Na terça-feira, em meio à nata empresarial e industrial italiana reunida para a ocasião, Rohani fez um convite para que invistam mais no Irã.
"O Irã é o país mais seguro e mais estável de toda a região", disse.
Neste mesmo dia foi recebido pela primeira vez no Vaticano pelo papa Francisco, que pediu que se envolva na pacificação do Oriente Médio.
O Irã "pode jogar um papel importante no Oriente Médio para promover soluções políticas adequadas que detenham a propagação do terrorismo e o tráfico de armas na região", disse o Vaticano em um comunicado.
Associações de defesa dos direitos humanos lamentaram que durante a visita de Rohani à Itália não tenha sido discutido o espinhoso tema dos direitos humanos nem o da abolição da pena de morte.
Tanto o Vaticano quanto a Itália estiveram na linha de frente na batalha contra a pena de morte em todo o mundo.