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Presidente do Google diz que espionagem da NSA é ultrajante

Eric Schmidt, disse que a disseminada espionagem do governo dos EUA sobre os centros de dados da companhia é ultrajante e potencialmente ilegal se for verdade


	Espionagem digital: de acordo com uma reportagem, a NSA grampeou diretamente as conexões utilizadas por Google e Yahoo para movimentar informações de usuários
 (Getty Images)

Espionagem digital: de acordo com uma reportagem, a NSA grampeou diretamente as conexões utilizadas por Google e Yahoo para movimentar informações de usuários (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 09h31.

São Paulo - O chairman do Google, Eric Schmidt, disse que a disseminada espionagem do governo dos Estados Unidos sobre os centros de dados da companhia é ultrajante e potencialmente ilegal se for verdade, informou o jornal Wall Street Journal.

"É realmente ultrajante que a NSA tenha olhado entre os data centers do Google, se isso for verdade", disse Schmidt em entrevista.

Schmidt disse ao jornal na entrevista realizada em Hong Kong ter registrado reclamações junto à Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês), ao presidente Barack Obama e a membros do Congresso norte-americano.

De acordo com uma reportagem do jornal Washington Post publicada na última quarta-feira, a NSA grampeou diretamente as conexões utilizadas por Google e Yahoo para movimentar informações de usuários entre centros de dados internacionais.

Em resposta à reportagem, a NSA alegou que a sugestão de que se baseou em uma ordem presidencial sobre a coleta de inteligência no estrangeiro, de modo a contornar restrições legais nacionais, "não é verdade".

"Eu posso lhe dizer factualmente que nós não temos acesso aos servidores do Google, aos servidores do Yahoo", disse o diretor da NSA, general Keith Alexander, em uma conferência na semana passada.

Procurada pelo Wall Street Journal, a NSA remeteu a seus comunicados anteriores de que as reportagens sobre a coleta de dados feita pela NSA distorceram fatos e descaracterizaram as atividades da NSA.

Schmidt disse na entrevista que a NSA supostamente coletou registros telefônicos de 320 milhões de pessoas como meio de identificar cerca de 300 pessoas que podem estar em risco.

"É simplesmente uma má política pública e talvez ilegal", disse ele ao jornal.

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