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Presidente do Equador substitui vice-presidente preso

Glas foi preso na noite de segunda-feira após procuradores determinarem que ele estava ligado ao pagamento de propinas pela Odebrecht

Jorge Glas: ele reivindicou que o novo governo de Moreno busca prejudicá-lo para obter ganho político (Daniel Tapia/Reuters)

Jorge Glas: ele reivindicou que o novo governo de Moreno busca prejudicá-lo para obter ganho político (Daniel Tapia/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de outubro de 2017 às 20h44.

Quito - O presidente do Equador, Lenín Moreno, designou a ministra do Desenvolvimento Urbano do país, Maria Alejandra Vicuña, para substituir o preso Jorge Glas como vice-presidente enquanto Glas é investigado em um escândalo de corrupção centrado na empreiteira brasileira Odebrecht.

Em um drama político que abalou o pequeno país andino, Glas foi preso na noite de segunda-feira após procuradores determinarem que ele estava ligado ao pagamento de propinas pela Odebrecht. Ele não foi acusado formalmente.

Glas, um aliado próximo do ex-presidente de esquerda Rafael Correa e que serviu como seu vice-presidente e ministro de setores estratégicos, manteve sua inocência e reivindicou que o novo governo de Moreno busca prejudicá-lo para obter ganho político.

Moreno anunciou nesta quarta-feira que Vicuña, uma discreta ex-parlamentar do partido governista Aliança País, irá assumir a função de vice-presidente durante a "ausência temporária" de Glas.

A investigação sobre Glas e seu afastamento do atual governo causou uma ruptura entre Moreno e seu antecessor e antigo mentor Correa, que diz que Glas é a vítima inocente de uma caça às bruxas política.

Tensões devem crescer ainda mais entre os dois políticos, com Moreno planejando um referendo para o início de 2018 para banir políticos eleitos de concorrerem a reeleição indefinida, uma ação amplamente vista como mirada para impedir Correa de se tornar presidente novamente.

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