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Presidente do Egito propõe diálogo nacional

Mursi acenou para a possibilidade de suspender artigo de decreto que blinda seus poderes diante de contestações

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 20h31.

Cairo - O presidente do Egito , Mohamed Mursi, convidou grupos políticos, juízes e outros interessados para se reunirem no sábado em um diálogo nacional a respeito dos rumos políticos a serem adotados depois do referendo sobre a nova Constituição, que ele sinalizou que será realizado conforme programado em 15 de dezembro.

Em um pronunciamento televisivo, Mursi disse também que está aberto à ideia de eliminar um artigo do polêmico decreto que blinda suas decisões de contestações judiciais. Isso dependeria, segundo o presidente, de que "o diálogo leve a isso".

O decreto de Mursi em 22 de novembro e o subsequente apelo pelo referendo sobre a nova Constituição enfureceram os grupos de oposição e levaram a letais confrontos nas ruas entre partidários e opositores de Mursi.

A principal aliança oposicionista disse estar avaliando a oferta de diálogo, embora as propostas de Mursi fiquem aquém das exigências da oposição para que ele revogue o decreto e adie o referendo.

O movimento pró-democracia "Abril 6", que desempenha papel importante na oposição contra Mursi, rejeitou o pedido de diálogo e disse que participaria de mais protestos contra o presidente.


A Constituição foi escrita por uma assembleia dominada por políticos de orientação islâmica, como Mursi. A oposição laica teme ficar sem representatividade no novo Egito que começou a surgir depois da rebelião que derrubou o regime de Hosni Mubarak, há quase dois anos.

"Convoco um diálogo pleno e produtivo com todas as figuras e chefes dos partidos, a juventude revolucionária e personalidades jurídicas graduadas, a se reunirem neste sábado", disse Mursi pela TV na quinta-feira, acrescentando que o encontro será no palácio presidencial.

Além de traçar um mapa político para o país, ele disse que pretende discutir o futuro do Senado, depois de a Câmara dos Deputados ter sido dissolvida em junho, a lei eleitoral e outras questões.

Embora tenha defendido a promulgação do decreto de 22 de novembro, Mursi disse que o artigo que protege suas decisões de contestações judiciais "não impede o Judiciário de exercer seu papel, ou os cidadãos de recorrerem contra decisões e leis".

"No entanto, se esse artigo preocupa alguém, não vou insistir para que permaneça", afirmou, acrescentando que apenas "ações soberanas" estão blindadas judicialmente.


Milhares de manifestantes protestaram perto do palácio depois do discurso de Mursi e gritaram "assassino, assassino" e "nós não sairemos, ele sairá" - slogans usados contra Mubarak na revolta do ano passado.

Também nesta quinta-feira o principal escritório da Irmandade Muçulmana no Cairo foi incendiado, afirmou o partido político do grupo, e outro escritório usado pelo partido pegou fogo em um subúrbio ao sul da cidade, afirmou a agência estatal.

O Partido Liberdade e Justiça disse em sua página no Facebook que a sede no distrito de Mukattam, na capital, foi atacada por bandidos "em uma agressão terrorista".

A agência de notícias estatal disse que o escritório usado pelo partido foi incendiado no subúrbio de Maadi, no Cairo. Outro escritório foi arrombado no centro da cidade, informou.

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Cairo - O presidente do Egito , Mohamed Mursi, convidou grupos políticos, juízes e outros interessados para se reunirem no sábado em um diálogo nacional a respeito dos rumos políticos a serem adotados depois do referendo sobre a nova Constituição, que ele sinalizou que será realizado conforme programado em 15 de dezembro.

Em um pronunciamento televisivo, Mursi disse também que está aberto à ideia de eliminar um artigo do polêmico decreto que blinda suas decisões de contestações judiciais. Isso dependeria, segundo o presidente, de que "o diálogo leve a isso".

O decreto de Mursi em 22 de novembro e o subsequente apelo pelo referendo sobre a nova Constituição enfureceram os grupos de oposição e levaram a letais confrontos nas ruas entre partidários e opositores de Mursi.

A principal aliança oposicionista disse estar avaliando a oferta de diálogo, embora as propostas de Mursi fiquem aquém das exigências da oposição para que ele revogue o decreto e adie o referendo.

O movimento pró-democracia "Abril 6", que desempenha papel importante na oposição contra Mursi, rejeitou o pedido de diálogo e disse que participaria de mais protestos contra o presidente.


A Constituição foi escrita por uma assembleia dominada por políticos de orientação islâmica, como Mursi. A oposição laica teme ficar sem representatividade no novo Egito que começou a surgir depois da rebelião que derrubou o regime de Hosni Mubarak, há quase dois anos.

"Convoco um diálogo pleno e produtivo com todas as figuras e chefes dos partidos, a juventude revolucionária e personalidades jurídicas graduadas, a se reunirem neste sábado", disse Mursi pela TV na quinta-feira, acrescentando que o encontro será no palácio presidencial.

Além de traçar um mapa político para o país, ele disse que pretende discutir o futuro do Senado, depois de a Câmara dos Deputados ter sido dissolvida em junho, a lei eleitoral e outras questões.

Embora tenha defendido a promulgação do decreto de 22 de novembro, Mursi disse que o artigo que protege suas decisões de contestações judiciais "não impede o Judiciário de exercer seu papel, ou os cidadãos de recorrerem contra decisões e leis".

"No entanto, se esse artigo preocupa alguém, não vou insistir para que permaneça", afirmou, acrescentando que apenas "ações soberanas" estão blindadas judicialmente.


Milhares de manifestantes protestaram perto do palácio depois do discurso de Mursi e gritaram "assassino, assassino" e "nós não sairemos, ele sairá" - slogans usados contra Mubarak na revolta do ano passado.

Também nesta quinta-feira o principal escritório da Irmandade Muçulmana no Cairo foi incendiado, afirmou o partido político do grupo, e outro escritório usado pelo partido pegou fogo em um subúrbio ao sul da cidade, afirmou a agência estatal.

O Partido Liberdade e Justiça disse em sua página no Facebook que a sede no distrito de Mukattam, na capital, foi atacada por bandidos "em uma agressão terrorista".

A agência de notícias estatal disse que o escritório usado pelo partido foi incendiado no subúrbio de Maadi, no Cairo. Outro escritório foi arrombado no centro da cidade, informou.

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