Mundo

Presidente da Ucrânia adia formação de novo governo

O presidente interino adiou a formação do novo governo de união nacional até quinta-feira


	Manifestante protesta na Praça da Independência, em Kiev, Ucrânia: presidente interino advertiu que o país se encontra à beira da falência
 (Stringer/Reuters)

Manifestante protesta na Praça da Independência, em Kiev, Ucrânia: presidente interino advertiu que o país se encontra à beira da falência (Stringer/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2014 às 08h48.

Kiev - O presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, adiou nesta terça-feira a formação do novo governo de união nacional até quinta-feira, entre os pedidos para que inclua na coalizão os líderes dos protestos antigovernamentais.

"Na quinta-feira o novo governo de união nacional deve ser votado", assegurou Turchinov, que também foi nomeado chefe da Rada Suprema (Legislativo), durante uma sessão no Parlamento.

Turchinov advertiu que o país se encontra à beira da falência e disse que os diferentes grupos apresentados na Câmara "devem trabalhar dia e noite".

O líder do principal partido do país, Batkivschina (Pátria), Arseni Yatseniuk, destacou a importância do Executivo se formar com urgência, mas "não nos bastidores" e sim de maneira transparente.

"Não devem pensar em índices de popularidade ou em atividades políticas, mas só em uma coisa: como tirar o país do buraco econômico", disse.

Além disso, defendeu que os líderes do Maidan, bastião dos protestos antigovernamentais desde 21 de novembro, sejam chamados para o governo.

O Maidan emitiu um comunicado indicando as condições que cada candidato deve cumprir para participar do governo, entre as quais não ter ocupado nenhum cargo público desde 2010, quando o presidente deposto Viktor Yanukovich assumiu o poder.


Também não podem entrar no Executivo cidadãos que estejam na lista dos cem homens mais ricos do país.

Além disso, não podem estar envolvidos em violações dos direitos humanos e em casos de corrupção.

"Verificaremos se todos os candidatos cumprem com estes requisitos. Cada um dos membros do governo deve contar com a aprovação do Maidan", afirmou em uma declaração o Kolo (círculo) do Maidan, que agrupa diversos grupos e organizações sociais.

Segundo o Maidan, os membros do governo de união nacional devem ser "reconhecidos profissionais de impecável reputação e não funcionários de partido".

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, convocou os novos dirigentes ucranianos a formar um governo inclusivo, que torne realidade os desejos democráticos dos ucranianos.

A chanceler alemã, Angela Merkel, aconselhou as autoridades pós-revolucionárias a criar um governo de união nacional integrador, ou seja, não só com antigos opositores, mas com representantes das regiões orientais que falam russo.

Acompanhe tudo sobre:PolíticaProtestosProtestos no mundoUcrânia

Mais de Mundo

As vitórias e derrotas de Musk desde a eleição de Donald Trump

Avião da Embraer foi derrubado por sistema de defesa aérea russo, diz agência

FAB deve auxiliar autoridades do Cazaquistão sobre queda de avião fabricado pela Embraer

Trump anuncia embaixador no Panamá e insiste que EUA estão sendo 'roubados' no canal