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Presidente da Libéria e mais duas ativistas ganham Nobel da Paz

A líder Ellen Johnson-Sirleaf e as ativistas liberiana Leymah Gbowee e iemenita Tawakul Karman. A presidente da Libéria tem o apelido de "Dama de Ferro" em seu país

Ellen Johnson-Sirleaf tomou posse em 16 de janeiro de 2006, convertendo-se na primeira mulher chefe de Estado tanto na Libéria como no continente africano (Alex Wong/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2011 às 09h27.

Oslo/Nairóbi - A presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, e as ativistas liberiana Leymah Gbowee e iemenita Tawakul Karman ganharam o Prêmio Nobel da Paz 2011, informou nesta sexta-feira o Comitê Nobel da Noruega. Ellen Johnson-Sirleaf, nomeada nesta sexta-feira Prêmio Nobel da Paz, é presidente da Libéria desde 2006, quando se tornou a primeira mulher chefe de Estado na África.

Também é conhecida por ter contribuído para o fim do conflito armado na Libéria e a queda do anterior presidente, Charles Taylor, julgado por um tribunal internacional por crimes contra a Humanidade.

Apelidada em seu país de "Dama de Ferro", Ellen, de 72 anos e mãe de quatro filhos, tentará emendar um segundo mandato nas eleições presidenciais previstas para a próxima terça-feira.

Nascida em 29 de outubro de 1938 em Monróvia, capital da Libéria, estudou Economia na Universidade de Harvard e no início da década de 1970 ocupou o cargo de secretária de Estado de Finanças.

Em 1979, foi nomeada ministra das Finanças no Governo do presidente William Tolbert, cuja derrocada e posterior assassinato, após o golpe de Estado perpetrado em 12 de abril de 1980 pelo sargento Samuel K. Doe, a obrigaram a deixar o país.

Durante seu exílio, ocupou a vice-presidência do escritório regional do Citibank na África, com sede em Nairóbi (Quênia), entre 1982 e 1985.

Retornou a seu país em 1985 para apresentar sua candidatura ao Senado. Um discurso público no qual criticou o regime militar lhe valeu uma condenação de dez anos de prisão, mas acabou liberada pouco depois de ser presa.

Ellen foi vice-presidente e membro da direção do Equator Bank, em Washington (EUA), entre 1986 e 1992.

Entre 1992 a 1997 dirigiu o escritório para a África do Programa Regional para o Desenvolvimento das Nações Unidas e também trabalhou para o Banco Mundial como economista especializada em estratégias de desenvolvimento para países africanos.


Retornou a seu país após o fim da guerra civil, em 1997. Apesar de inicialmente ter apoiado o golpe de Estado de Charles Taylor contra o general Samuel Doe, mais tarde se opôs a seu Governo e o enfrentou nas eleições de 1997, nas quais obteve 10% dos votos. Acusada de traição por Taylor, novamente foi expatriada.

Nas eleições presidenciais de 11 de outubro de 2005, Ellen, candidata do Partido da Unidade, ficou na segunda posição, atrás do ex-jogador de futebol George Weah. Este resultado forçou um segundo turno realizado em 8 de novembro no qual venceu com 59,4% dos votos.

As autoridades eleitorais do país confirmaram o resultado do pleito em 23 de novembro e Ellen foi proclamada presidente do país. Tomou posse em 16 de janeiro de 2006, convertendo-se na primeira mulher chefe de Estado tanto na Libéria como no continente africano.

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Oslo/Nairóbi - A presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, e as ativistas liberiana Leymah Gbowee e iemenita Tawakul Karman ganharam o Prêmio Nobel da Paz 2011, informou nesta sexta-feira o Comitê Nobel da Noruega. Ellen Johnson-Sirleaf, nomeada nesta sexta-feira Prêmio Nobel da Paz, é presidente da Libéria desde 2006, quando se tornou a primeira mulher chefe de Estado na África.

Também é conhecida por ter contribuído para o fim do conflito armado na Libéria e a queda do anterior presidente, Charles Taylor, julgado por um tribunal internacional por crimes contra a Humanidade.

Apelidada em seu país de "Dama de Ferro", Ellen, de 72 anos e mãe de quatro filhos, tentará emendar um segundo mandato nas eleições presidenciais previstas para a próxima terça-feira.

Nascida em 29 de outubro de 1938 em Monróvia, capital da Libéria, estudou Economia na Universidade de Harvard e no início da década de 1970 ocupou o cargo de secretária de Estado de Finanças.

Em 1979, foi nomeada ministra das Finanças no Governo do presidente William Tolbert, cuja derrocada e posterior assassinato, após o golpe de Estado perpetrado em 12 de abril de 1980 pelo sargento Samuel K. Doe, a obrigaram a deixar o país.

Durante seu exílio, ocupou a vice-presidência do escritório regional do Citibank na África, com sede em Nairóbi (Quênia), entre 1982 e 1985.

Retornou a seu país em 1985 para apresentar sua candidatura ao Senado. Um discurso público no qual criticou o regime militar lhe valeu uma condenação de dez anos de prisão, mas acabou liberada pouco depois de ser presa.

Ellen foi vice-presidente e membro da direção do Equator Bank, em Washington (EUA), entre 1986 e 1992.

Entre 1992 a 1997 dirigiu o escritório para a África do Programa Regional para o Desenvolvimento das Nações Unidas e também trabalhou para o Banco Mundial como economista especializada em estratégias de desenvolvimento para países africanos.


Retornou a seu país após o fim da guerra civil, em 1997. Apesar de inicialmente ter apoiado o golpe de Estado de Charles Taylor contra o general Samuel Doe, mais tarde se opôs a seu Governo e o enfrentou nas eleições de 1997, nas quais obteve 10% dos votos. Acusada de traição por Taylor, novamente foi expatriada.

Nas eleições presidenciais de 11 de outubro de 2005, Ellen, candidata do Partido da Unidade, ficou na segunda posição, atrás do ex-jogador de futebol George Weah. Este resultado forçou um segundo turno realizado em 8 de novembro no qual venceu com 59,4% dos votos.

As autoridades eleitorais do país confirmaram o resultado do pleito em 23 de novembro e Ellen foi proclamada presidente do país. Tomou posse em 16 de janeiro de 2006, convertendo-se na primeira mulher chefe de Estado tanto na Libéria como no continente africano.

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