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Presidente da Itália pede rápida aplicação de reformas econômicas

Pedido foi feito após os parceiros europeus e o Fundo Monetário Internacional (FMI) decidirem supervisionar "in loco" cumprimento das medidas

Napolitano: "Falemos claro: surgiu na Europa, e não só na Europa, uma grave crise de confiança contra a Itália. Devemos estar cientes e nos sentir mais que feridos, abalados no orgulho e na vontade de recuperação" (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)

Napolitano: "Falemos claro: surgiu na Europa, e não só na Europa, uma grave crise de confiança contra a Itália. Devemos estar cientes e nos sentir mais que feridos, abalados no orgulho e na vontade de recuperação" (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2011 às 18h29.

Roma - O presidente da República da Itália, Giorgio Napolitano, pediu nesta sexta-feira a rápida aplicação das reformas econômicas apresentadas à União Europeia (UE) pelo Governo de Silvio Berlusconi, após os parceiros europeus e o Fundo Monetário Internacional (FMI) decidirem supervisionar "in loco" seu cumprimento.

"Falemos claro: surgiu na Europa, e não só na Europa, uma grave crise de confiança contra a Itália. Devemos estar cientes e nos sentir mais que feridos, abalados no orgulho e na vontade de recuperação", declarou Napolitano em discurso pronunciado na Universidade de Bari.

Além das dúvidas geradas na Europa e nos mercados sobre as finanças italianas, esta sexta-feira foi marcada pelos títulos da dívida pública a dez anos, que atingiram seu nível máximo de rentabilidade no mercado secundário desde a criação do euro, com 6,4%.

"Diante da crise, é necessário realizar os compromissos do dia 26 de outubro em Bruxelas", afirmou o presidente da República, em referência à carta de intenções de reforma levada pelo primeiro-ministro Silvio Berlusconi à União Europeia.

A carta apresentada por Berlusconi aos demais líderes europeus detalha o calendário das reformas econômicas da Itália para os próximos meses, além de apontar eventuais intervenções no sistema de previdência, com um atraso progressivo entre 2012 e 2026 da idade de aposentadoria, dos 65 anos para 67 anos.

"A Itália não pode dar sintomas de falta de determinação e confiança. Isto foi o sinal positivo das conclusões de Cannes", destacou Napolitano.

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