Redação Central - Teodoro Obiang, presidente da Guiné Equatorial , país sede da Copa da Africana de Nações de 2015, que começará a ser disputada no dia 17, disse nesta sexta-feira que o ebola não deve ser visto como um "problema africano", e sim de alcance mundial, e pediu ações conjuntas para sua erradicação.
"Quando enfrentamos surtos como o do ebola , precisamos nos solidarizar e atuar em conjunto para conter sua propagação e não sinalizá-lo como um problema africano ou local", disse à televisão do país.
Para Obiang, "os problemas de saúde não são africanos, europeus e nem americanos, são problemas de toda a humanidade".
Segundo ele, "o ebola é um problema de alcance mundial e que não pode ser temido, mas enfrentado através do conhecimento e da ação coletiva para a total erradicação do problema".
O presidente da Guiné Equatorial explicou que decidiu sediar a Copa da Africana de Nações depois que o Marrocos pediu o adiamento da competição.
"Foi a melhor maneira de conscientizar o mundo sobre esta doença, além de estimular à juventude africana, de grande torcida futebolística. Achamos que teria sido um grave erro de princípio ver a África dar as costas para sua competição esportiva mais importante por temer uma doença que pode ser combatida", afirmou.
Obiang anunciou que foram tomadas medidas de prevenção de saúde e de segurança cidadã de maneira que as competições "sejam realizadas sem fatalidades".
As partidas do torneio serão disputadas entre os dias 17 de janeiro e 12 de fevereiro nos estádios de Malabo e Bata, Mongomo e Ebebiyin, na parte continental de Rio Muni.
O número de pessoas infectadas pelo vírus do ebola já chega a 20.081 casos, dos quais 7.842 resultaram a morte, segundo os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O vírus ebola tem um índice de mortalidade de 70%. Ao lado da tragédia, o fotógrafo John Moore decidiu retratar os raros sobreviventes da doença na Libéria, o país mais afetado pela epidemia. Na foto, Jeremra Cooper, 16, enxuga o rosto do calor, enquanto espera na seção de baixo risco dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), em Paynesville, Libéria. O aluno da 8 ª série disse que perdeu seis familiares para a epidemia de Ebola antes de ficar doente e de ser enviado para o centro dos MSF, onde ele se recuperou após um mês.
2. Mohammed Wah, 23 2 /15(John Moore/Getty Images)
O trabalhador da construção civil diz que o Ebola matou cinco membros de sua família e que ele acha que contraiu a doença enquanto cuidava de seu sobrinho.
3. Varney Taylor, 26 3 /15(John Moore/Getty Images)
Perdeu três membros da família para a doença e acredita que contraiu Ebola enquanto carregava o corpo de sua tia após a morte dela.
4. Benetha Coleman, 24 4 /15(John Moore/Getty Images)
Seu marido e dois filhos morreram em decorrência da doença.
5. Victoria Masah, 28 5 /15(John Moore/Getty Images)
Seu marido e dois filhos morreram por causa do ebola.
6. Eric Forkpa, 23 6 /15(John Moore/Getty Images)
O estudante de engenharia civil, disse que acha que pegou ebola enquanto cuidava de seu tio doente. Ele passou 18 dias no centro dos MSF se recuperando do vírus.
7. Emanuel Jolo, 19 7 /15(John Moore/Getty Images)
O estudante do ensino médio perdeu seis membros da família e acredita que contraiu a doença enquanto lavava o corpo de seu pai, que morreu de Ebola.
8. James Mulbah, 2 8 /15(John Moore/Getty Images)
O garotinho posa para a foto enquanto é segurado pela mãe, que também se recuperou do ebola.
9. John Massani, 27 9 /15(John Moore/Getty Images)
Trabalhador da construção civil, ele acredita que pegou a doença enquanto carregava o corpo de um parente. Ele perdeu seis familiares por causa do ebola.
10. Mohammed Bah, 39 10 /15(John Moore/Getty Images)
Bah, que trabalha como motorista, perdeu a mulher, a mãe, o pai e a irmã para o ebola.
11. Vavila Godoa, 43 11 /15(John Moore/Getty Images)
O alfaiate diz que o estigma de ter tido Ebola é algo difícil. Ele perdeu todos os seus clientes devido ao medo. "Eles não vêm mais", afirma. Ele acredita que pegou Ebola enquanto cuidava de sua esposa doente.
12. Ami Subah, 39 12 /15(John Moore/Getty Images)
Subah, uma parteira, acha que pegou ebola quando fez o parto de um bebé de uma mãe doente. O menino, segundo ela, sobreviveu, mas a mãe morreu. Ela diz que não teve trabalho desde sua recuperação, devido ao estigma de ter tido Ebola. "Não me deixam nem tirar água do poço comunitário", afirma.
13. Peters Roberts, 22 13 /15(John Moore/Getty Images)
O aluno do 11º ano perdeu uma irmã, o tio e um primo para o Ebola. Ele acredita que contraiu a doença enquanto cuidava de seu tio.
14. Anthony Naileh, 46, e Bendu Naileh, 34 14 /15(John Moore/Getty Images)
Anthony disse que é um estenógrafo no Senado liberiano e planeja voltar a trabalhar na sessão de janeiro. Bendu, uma enfermeira, acha que pegou ebola após colocar as mãos em posição de oração ao rezar por um sobrinho que tinha a doença. Em seguida, ela adoeceu e seu marido cuidou dela.
15. Moses Lansanah, 30 15 /15(John Moore/Getty Images)
O trabalhador da construção civil perdeu sua noiva Amifete, com então 22 anos, que estava grávida de 9 meses do seu filho.