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Prêmios Nobel reclamam um "pacto de informação e democracia"

Ao todo, a comissão é composta por vinte e cinco personalidades internacionais

Shirin Ebadi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2003, é uma das personalidades que lançaram o pacto (Fronteiras do Pensamento/Flickr)

Shirin Ebadi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2003, é uma das personalidades que lançaram o pacto (Fronteiras do Pensamento/Flickr)

A

AFP

Publicado em 5 de novembro de 2018 às 09h18.

Vinte e cinco personalidades internacionais, incluindo vários ganhadores do Prêmio Nobel, lançaram nesta segunda-feira um pedido solene aos líderes internacionais pela assinatura de um "pacto de informação e democracia".

O economista Joseph Stiglitz, a advogada Shirin Ebadi e o escritor Mario Vargas Llosa se dirigiram diretamente aos mais de 60 chefes de Estado e Governo, como Donald Trump ou Vladimir Putin, que participarão do Fórum de Paz de Paris, organizado de 11 a 13 de novembro para comemorar o centenário da Primeira Guerra Mundial.

Reunidos por iniciativa dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF) em uma Comissão para Informação e Democracia, eles pedem aos líderes que "iniciem um processo político" para assinar um pacto dentro de um ano.

"Estamos em um momento histórico crucial. Este pacto deve estabelecer garantias democráticas de informação e liberdade de expressão", observam os signatários do texto, entre os quais também estão o ex-presidente do Senegal, Abdu Diuf, o advogado chinês Teng Biao, o advogado paquistanês Nighat Dad, o jornalista turco Can Dündar e o ensaísta nipo-americano Francis Fukuyama.

A Comissão também propõe a criação de um "grupo internacional de especialistas em informação e democracia", "como o IPCC para as questões climáticas".

Também chama a atenção para os gigantes da internet, que devem "respeitar os princípios fundamentais".

"As liberdades, a harmonia civil e a paz" estão atualmente ameaçadas pelo "controle político da imprensa e da mídia [...], desinformação on-line em massa, fragilidade econômica do jornalismo de qualidade e ataques e violência contra jornalistas ", afirmam os 25 signatários do texto.

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