Kishida se reuniu com o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, neste domingo em Seul (AFP/AFP Photo)
Agência de notícias
Publicado em 7 de maio de 2023 às 09h37.
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, afirmou neste domingo (7) em Seul que sente dor ao pensar no sofrimento dos coreanos durante a colonização japonesa.
"Meu coração dói porque muitas pessoas passaram por uma experiência muito difícil e triste no ambiente hostil da época", disse Kishida, após uma reunião com o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol.
Os vizinhos asiáticos, ambos aliados cruciais dos Estados Unidos, têm divergências por temas históricos ligados à brutal ocupação colonial japonesa da península coreana, de 1910 a 1945, que incluiu escravidão sexual e trabalhos forçados.
Mas o presidente sul-coreano Yoon optou por deixar as divergências de lado e visitou Tóquio em março, para uma primeira aproximação.
"É minha responsabilidade, como primeiro-ministro do Japão, herdar e prosseguir com os esforços de nossos antecessores que superaram períodos difíceis. E cooperar com a Coreia do Sul, começando com o presidente Yoon, para trabalhar pensando no futuro", acrescentou Kishida.
As tentativas de solucionar as diferenças acontecem no momento em que o líder norte-coreano, Kim Jong Un, intensifica o desenvolvimento e os testes de armas.
Em resposta, Estados Unidos e Coreia do Sul aumentaram a cooperação na área de defesa, com uma série de grandes exercícios militares, incluindo dois com participação japonesa.