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Premiê israelense quer adiar análise de construção de colônias

Prefeitura de Jerusalém cancelou nesta quarta-feira uma votação sobre a concessão de autorizações de construção para centenas de novas casas

Benjamin Netanyahu: premiê israelense acusou Barack Obama de ter lançado um "golpe anti-israelense vergonhoso" nas ONU (Gali Tibbon/AFP)
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AFP

Publicado em 28 de dezembro de 2016 às 09h04.

O primeiro-ministro israelense , Benjamin Netanyahu, exigiu o adiamento do exame das permissões de construção em Jerusalém Oriental, ocupada e anexada por Israel, previsto para esta quarta-feira, indicou um vereador à AFP.

O presidente do comitê de planejamento e construção "disse que este ponto havia sido retirado da ordem do dia a pedido do primeiro-ministro" antes do discurso do secretário de Estado americano John Kerry, previsto para esta quarta-feira, informou Hanan Rubin.

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A prefeitura de Jerusalém cancelou nesta quarta-feira uma votação sobre a concessão de autorizações de construção para centenas de novas casas em Jerusalém Oriental, ocupada e anexada por Israel, indicou a ONG anticolonização Ir Amim.

A rádio militar de Israel também informou que o comitê de planejamento e construção de Jerusalém havia retirado da ordem do dia de sua reunião o debate das negociações sobre estas permissões, poucos dias após a ONU adotar uma resolução de condenação à colonização israelense.

O comitê deveria discutir sobre a entrega de novas autorizações de construção em vários bairros de colonização de Jerusalém Oriental, a parte palestina da Cidade Santa.

O vice-prefeito de Jerusalém, Meir Turgeman, que preside este comitê, indicou na terça-feira à AFP que a recente resolução da ONU que convoca Israel a "cessar imediata e completamente toda atividade de colonização em território palestino ocupado, incluindo Jerusalém Oriental", não afetaria esta reunião prevista há tempos.

A resolução da ONU, a primeira que condena a colonização israelense desde 1979 - embora não preveja sanções - foi aprovada na sexta-feira por 14 dos 15 países membros do Conselho de Segurança.

Com sua abstenção, os Estados Unidos permitiram a adoção do texto, que provocou a ira do Estado hebreu.

Netanyahu criticou energicamente o presidente americano, Barack Obama, acusando-o de ter lançado um "golpe anti-israelense vergonhoso" nas Nações Unidas.

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