Premiê escocesa diz que seu país será ouvido após Brexit
"A Escócia falou claramente que quer ficar (na UE) e estou determinada a fazer com que a voz da Escócia seja ouvida", afirmou a primeira-ministra
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2016 às 12h56.
Londres - A primeira-ministra da Escócia , Nicola Sturgeon, disse nesta terça-feira em Edimburgo que a voz de seu país "será ouvida" após o " Brexit " e que amanhã se reunirá com o presidente do Parlamento Europeu (PE), Martin Shulz.
Em seu primeiro discurso no parlamento de Edimburgo após o referendo, Sturgeon afirmou que defenderá os interesses da Escócia na União Europeia (UE) depois que a região votou pela continuação no bloco europeu no referendo.
"A Escócia falou claramente que quer ficar (na UE) e estou determinada a fazer com que a voz da Escócia seja ouvida", afirmou a primeira-ministra, que amanhã viajará a Bruxelas para se reunir com Shulz para explicar a posição de sua região.
Sturgeon disse que criará um grupo de especialistas para que a assessore sobre a melhor forma de defender os interesses da Escócia.
Além disso, a premiê afirmou que a Escócia defenderá os cidadãos comunitários que vivem na região e que os incidentes racistas denunciados nos últimos dias "não serão tolerados".
Após o "Brexit", Sturgeon não descartou a possibilidade de convocar um segundo plebiscito sobre a independência da Escócia porque os escoceses não querem romper os vínculos com a Europa.
Segundo explicou no parlamento de Holyrood, Sturgeon avaliará a convocação de um novo plebiscito se considerar que esta é a única e a melhor opção para proteger os interesses da Escócia na UE.
"Baseado em um resultado muito claro na Escócia, se tivéssemos que sair da UE, isso seria contra a vontade de nosso povo e democraticamente inaceitável", ressaltou Sturgeon.
"Pior isso eu disse que tudo deve ser colocado sobre a mesa para proteger nosso lugar na Europa, inclusive um segundo referendo sobre a independência", especificou a premiê.
Sturgeon comentou que os tempos atuais requerem "princípios, resolução e clareza" de liderança e criticou a crise no governo central do Reino Unido, em referência aos problemas internos do Partido Conservador, do primeiro-ministro David Cameron.
A premiê escocesa acrescentou que os políticos que propuseram este referendo "têm agora o dever de dar um passo adiante e lidar com as consequências deste resultado".
Ao contrário de Inglaterra e Gales, que se pronunciaram pelo "Brexit" no referendo, 62% dos escoceses votaram pela permanência na UE.
Para sair da organização, o Reino Unido tem que invocar o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que estabelece o processo de negociação com Bruxelas sobre os termos da ruptura.
Cameron já disse que esta será uma tarefa do próximo primeiro-ministro, que deverá ser eleito por seu partido, o Conservador, até o dia 2 de setembro.
Londres - A primeira-ministra da Escócia , Nicola Sturgeon, disse nesta terça-feira em Edimburgo que a voz de seu país "será ouvida" após o " Brexit " e que amanhã se reunirá com o presidente do Parlamento Europeu (PE), Martin Shulz.
Em seu primeiro discurso no parlamento de Edimburgo após o referendo, Sturgeon afirmou que defenderá os interesses da Escócia na União Europeia (UE) depois que a região votou pela continuação no bloco europeu no referendo.
"A Escócia falou claramente que quer ficar (na UE) e estou determinada a fazer com que a voz da Escócia seja ouvida", afirmou a primeira-ministra, que amanhã viajará a Bruxelas para se reunir com Shulz para explicar a posição de sua região.
Sturgeon disse que criará um grupo de especialistas para que a assessore sobre a melhor forma de defender os interesses da Escócia.
Além disso, a premiê afirmou que a Escócia defenderá os cidadãos comunitários que vivem na região e que os incidentes racistas denunciados nos últimos dias "não serão tolerados".
Após o "Brexit", Sturgeon não descartou a possibilidade de convocar um segundo plebiscito sobre a independência da Escócia porque os escoceses não querem romper os vínculos com a Europa.
Segundo explicou no parlamento de Holyrood, Sturgeon avaliará a convocação de um novo plebiscito se considerar que esta é a única e a melhor opção para proteger os interesses da Escócia na UE.
"Baseado em um resultado muito claro na Escócia, se tivéssemos que sair da UE, isso seria contra a vontade de nosso povo e democraticamente inaceitável", ressaltou Sturgeon.
"Pior isso eu disse que tudo deve ser colocado sobre a mesa para proteger nosso lugar na Europa, inclusive um segundo referendo sobre a independência", especificou a premiê.
Sturgeon comentou que os tempos atuais requerem "princípios, resolução e clareza" de liderança e criticou a crise no governo central do Reino Unido, em referência aos problemas internos do Partido Conservador, do primeiro-ministro David Cameron.
A premiê escocesa acrescentou que os políticos que propuseram este referendo "têm agora o dever de dar um passo adiante e lidar com as consequências deste resultado".
Ao contrário de Inglaterra e Gales, que se pronunciaram pelo "Brexit" no referendo, 62% dos escoceses votaram pela permanência na UE.
Para sair da organização, o Reino Unido tem que invocar o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que estabelece o processo de negociação com Bruxelas sobre os termos da ruptura.
Cameron já disse que esta será uma tarefa do próximo primeiro-ministro, que deverá ser eleito por seu partido, o Conservador, até o dia 2 de setembro.