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Premiê dinamarquesa pede referendo sobre normas da UE

Referendo sobre normas de assuntos internos e de Justiça da União Europeia será a primeira grande votação do país sobre a UE desde 2000

Helle Thorning Schmidt: Dinamarca votou pela opção de não aderir a partes do Tratado de Maastricht, de 1992 (Lucas Jackson/Reuters)

Helle Thorning Schmidt: Dinamarca votou pela opção de não aderir a partes do Tratado de Maastricht, de 1992 (Lucas Jackson/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2014 às 08h54.

Copenhague - A primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, pediu nesta terça-feira um referendo sobre a manutenção da posição da Dinamarca de se excluir de normas de assuntos internos e de Justiça da União Europeia, no que será a primeira grande votação do país sobre a UE desde 2000.

A Dinamarca votou pela opção de não aderir a partes do Tratado de Maastricht, de 1992, que estabeleceu a estrutura da União Europeia, entre as quais sua exclusão da política de defesa do bloco e da moeda comum, o euro. O país votou novamente em 2000 pela rejeição do euro.

Thorning-Schmidt é conhecida por favorecer uma maior aproximação do país à UE. A convocação do referendo foi interpretada como um sinal de que o governo quer reavaliar sua relação com o bloco de 28 membros.

A decisão ocorre em um momento em que partidos nacionalistas e eurocéticos ampliaram sua influência em todo o bloco depois das eleições para o Parlamento Europeu no início deste ano.

Falando ao Parlamento no início do novo ano do Legislativo, Thorning-Schmidt disse que o governo está comprometido com a realização do referendo após uma eleição prevista para o final de setembro e que ela iria tentar firmar um acordo sobre a questão com todas as formações políticas.

Esse diálogo é importante porque as pesquisas mostram que o governo de coalizão, liderado pela social-democracia, partido de Thorning-Schmidt, deve perder a eleição. Mas os principais grupos de oposição na direita também tendem a favorecer uma maior integração na UE.

No entanto, ela também quer que o país, que teme o aumento no número de pedidos de asilo, possa definir as regras da UE às quais pretende aderir.

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