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Prefeito de Veneza e outras 34 pessoas são detidas

A polícia italiana deteve o prefeito de Veneza e outras 34 pessoas pela suposta corrupção nas obras de construção do projeto Moisés


	O prefeito de Veneza, Giorgio Orsoni: detenções aconteceram após 3 anos de investigações
 (Getty Images)

O prefeito de Veneza, Giorgio Orsoni: detenções aconteceram após 3 anos de investigações (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2014 às 09h09.

Roma - A polícia italiana deteve nesta quarta-feira o prefeito de Veneza, Giorgio Orsoni, e outras 34 pessoas pela suposta corrupção nas obras de construção do projeto "Moisés", um sistema de diques móveis sob o mar para frear as inundações que causa o "água alta" na cidade.

Segundo informaram os veículos de comunicação italianos, as detenções aconteceram após três anos de investigações da polícia italiana e as acusações incluem corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de verba.

Entre os detidos há empresários e políticos, entre eles o vereador de Transportes e Infraestruturas da região do Vêneto, cuja capital é Veneza, Renato Chisso.

Também foi enviado um pedido de detenção ao parlamento para o deputado Giancarlo Galan, que foi ex-presidente da Região do Vêneto e ex-ministro de Agricultura.

As investigações sobre a corrupção na construção do "Moisés" já haviam causado no ano passado a detenção do presidente do conselho de administração da empresa de construção Mantovani, Piergiorgio Baita, e de um de seus colaboradores, Nicolò Buson, por ter se apropriado de fundos destinados à obra.

Também foram detidos por irregularidades na construção da faraônica obra Giovanni Mazzacurati, um dos dirigentes do consórcio que realizava a construção, Venezia Nuova, e outros dois membros do grupo.

A polícia havia descoberto então que pelo menos 20 milhões de euros tinham sido desviados a contas estrangeiras e as pesquisas continuaram para saber quem eram os beneficiados.

As obras do projeto "Moisés" começaram há sete anos e estavam previstas para terminar em 2014.

O projeto requeria um investimento próximo aos 10 bilhões de euros e não esteve isento de polêmica por seu impacto na natureza da região e por sua eficácia.

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