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Prefeito de NY é criticado após caos provocado por nevasca

Muitos nova-iorquinos, especialmente dos distritos fora de Manhattan, estão indignados com o fato de que seus bairros ainda estão cobertos de neve

Nevascas em Nova York foi responsável por milhares de cancelamentos de voos (Andrew Burton/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2010 às 18h52.

Nova York - O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, um político independente cuja reputação foi construída sobre sua competência, parece ter sido derrotado desta vez pela nevasca.

Muitos nova-iorquinos, especialmente dos distritos fora de Manhattan, estão indignados com o fato de que seus bairros ainda estão cobertos de neve, dois dias depois da tempestade que assolou a cidade com 50 centímetros de neve.

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Bloomberg, que sempre excluiu a possibilidade de concorrer à Presidência dos Estados Unidos, apesar das especulações, está sendo responsabilizado pela opinião pública.

"Este é um prefeito que se orgulha de sua capacidade como administrador. Se vamos avaliá-lo de acordo com sua atuação na nevasca, dou nota zero", disse o presidente do distrito do Bronx, Ruben Diaz Jr., na quarta-feira.

Houve muita reclamação nos distritos fora da ilha --Bronx, Brooklyn, Queens e Staten Island--, que, mais uma vez, foram lembrados de que estão em segundo lugar em relação a Manhattan.

"É uma loucura. Não pude ir trabalhar por dois dias. Minha rua ainda está coberta de neve. Não sei o que se passa, mas está errado", disse Matthew Limongi, entregador no Queens.

Mesmo os aliados de Bloomberg fizeram críticas.

"Nunca vi uma administração tão ruim e tamanha falta de liderança na minha vida. As pessoas estão furiosas", disse o vereador David Greenfield, que sempre apoiou Bloomberg.

O prefeito, um bilionário que financia suas próprias campanhas, raramente admite um erro, mas disse em entrevista à imprensa na quarta-feira: "Não fizemos um trabalho tão bom quanto queríamos."

A cidade tinha a reputação de fazer uma limpeza de neve eficiente com sua frota de caminhões e escavadeiras que percorrem os 9.600 quilômetros das ruas da cidade.

Mas esta tempestade teve ventos de 105 quilômetros por hora, com mais de dois centímetros de neve por hora, forçando as escavadeiras a limpar repetidas vezes as principais avenidas antes de se dirigir às outras ruas.

"A nevasca passou na nossa frente e não conseguimos alcançá-la", disse o comissário de Serviços Sanitários, John Doherty, no canal de televisão NY1.

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